Apontado em operação realizada pelo Ministério Público, o delegado Wellington Clair está detido em Belo Horizonte e teve pedido de liberdade pleiteado pela defesa, negado. Ele foi alvo da operação "Ilusionista", que o apontou como cúmplice de um esquema para contrabando de cigarros e prática de jogo do bicho, com um empresário.
Clair permanece preso na Casa de Custódia da Polícia Civil, em Belo Horizonte. Ele já trabalhou em Varginha quando ocupou o cargo de delegado regional entre 2018 e 2019 e estava afastado para concorrer a reeleição de vereador em São Gonçalo do Sapucaí. A operação "Ilusionista" é um desdobramento da "Operação Êxodo 23", realizada entre 2019 e 2020 e que apurou crimes no Departamento de Trânsito (Detran) em Varginha. Outros dois mandados de busca e apreensão foram cumpridos ainda em endereços em São Gonçalo do Sapucaí.
Segundo o Gaeco, a ligação com o empresário começou quando Clair atuava como delegado em São Gonçalo do Sapucaí, por conta da política, e que eles mantinham uma relação muito próxima. A investigação concluiu ainda que o empresário emprestava para o delegado o avião particular para ele fazer viagens de negócios e teria pagado ainda um curso de oratória, avaliado em R$ 8 mil.
As investigações apontaram também que em 2017 a relação dos dois teria balançado, quando o delegado tentou extorquir o empresário, em troca de não fazer operações contra ele. Mas o acordo não foi feito. “Ele solicitou uma vantagem indevida para que não fossem cumpridos mandados em relação ao empresário e, de fato, essa operação foi realizada há algum tempo com o cumprimento de diversos mandados de busca e apreensão nos estabelecimentos do empresário”, completou o coordenador.
Com informações de EPTV / G1 Sul de Minas