A gravidez é uma das fases mais bonitas da mulher. O ideal é planejar para que alguns cuidados sejam tomados. Por exemplo, a mulher que é fumante e deseja ser mãe, deve parar de fumar alguns meses antes de engravidar e o mesmo vale para quem faz uso de bebidas alcoólicas ou drogas. E, ainda, a futura mamãe deve ter uma ingestão adequada de vitaminas e minerais, pois, durante o período gestacional, ela vai precisar principalmente do ácido fólico, ferro, cálcio e vitamina A.

É normal que, nos três primeiros meses de gravidez, a mulher sinta enjôos , desejos e aversões a certos tipos de alimentos, incertezas , dúvidas em relação à criança, aumento ou até diminuição do apetite , sensibilidade – a mulher fica mais “chorosa”, e pode ter muito sono.

Durante a gestação, as exigências energéticas são aumentadas, mais precisamente no segundo e terceiro trimestres.Será recomendado um adicional de energia em torno de 300 Kcal/dia. A mulher precisa ganhar peso durante a gravidez, mas tudo monitorado por médico e nutricionista. O que não pode acontecer nesta fase é o emagrecimento.

Todo esse cuidado é necessário para um melhor desenvolvimento fetal e estruturas como útero, mamas e reservas para a fase final da gestação e produção de leite.

Os alimentos são importantes para a vida, crescimento e desenvolvimento. Sem um adequado suprimento de nutrientes, um ser vivo não pode crescer e se desenvolver adequadamente, podendo chegar à morte. Por isso, é imprescindível ter uma alimentação equilibrada e variada, ingerindo todos os grupos alimentares, incluindo vitaminas, minerais e água na quantidade certa.

O consumo de proteína precisa ser aumentado, pois ela participa da formação enzimática, hormonal e ainda atua na produção de anticorpos. São alimentos ricos em proteína: soja, carnes em geral, leite e derivados e ovos.

A vitamina A é um nutriente essencial porque participa de importantes processos biológicos, tendo destaque na visão, reprodução, desenvolvimento fetal, função imunológica, manutenção do tecido esquelético e da placenta. Fígado de boi, leite em pó integral, couve, agrião, alimentos alaranjados como abóbora, mamão, laranja, cenoura e manga são fontes de vitamina A.

Já a vitamina C tem papel importante também durante a gestação. Tem sido observado que baixos níveis plasmáticos dessa vitamina apresentam correlação com ruptura prematura de membrana que pode levar ao parto prematuro. Nesse período, os níveis plasmáticos costumam cair de 10 a 15%. Por isso, é recomendado que se aumente a ingestão de vitamina C, presente na acerola, manga, goiaba, morango, mamão, laranja, limão, espinafre e pimentão.

O consumo de ácido fólico também é importantíssimo. A deficiência de folato na gestação está ligada à anemia do tipo megaloblástica, causada pela produção anormal de hemácias e, ainda, pode causar má formação fetal, aborto espontâneo, pré-eclampsia, retardo do crescimento intra-uterino e hemorragia. Portanto, não deixe de consumir alimentos ricos em ácido fólico como levedo de cerveja, fígado de boi, feijão branco cozido , espinafre cozido, brócolis, germe de trigo, suco de laranja e repolho cru.

A vitamina D, por sua vez, é essencial para o equilíbrio de cálcio e fósforo, atravessando a barreira placentária e atingindo as mesmas concentrações tanto no sangue fetal quanto no sangue materno. A deficiência de vitamina D na gestante pode causar hipocalcemia neonatal e ou hipoplasia de esmalte da futura dentição. São fontes de vitamina D: fígado de frango, salmão, sardinha enlatada e gema de ovo. Não esqueça de tomar sol pelo menos 15 minutos por dia de preferência antes das 10h00 ou depois das 16h00, para ativar a vitamina D no corpo.

Durante a gestação em torno de 25g a 30g de cálcio são transferidos para o feto , principalmente no terceiro trimestre. A falta deste mineral pode trazer prejuízo ao crescimento e desenvolvimento fetal podendo prejudicar a pressão sanguínea, propiciando contrações uterinas prematuras e consequentemente, parto prematuro.

O cálcio está presente no leite pasteurizado e derivados, sardinha, salmão e nos vegetais verdes escuros.

O ferro é um mineral essencial, especialmente durante a gravidez, em particular no segundo trimestre, para repor suas perdas basais e assim expandir a massa de hemácias e suprir as necessidades para crescimento do feto e da placenta.

A deficiência de ferro pode afetar o sistema imunológico e pode causar anemia ferropriva que, na gestação, está associada ao aumento da mortalidade perinatal e prematuridade.

Para um melhor aproveitamento do ferro na dieta, é recomendado combinar fontes de ferro com a vitamina C, como por exemplo, no almoço comer a carne e logo em seguida comer uma fruta rica em vitamina C ou, então, tomar o suco dessa fruta. Evite preparações a base de leite durante o almoço e jantar, pois o cálcio atrapalha a absorção do ferro.

São fontes de ferro: fígado de boi, carne bovina, de aves, peixes, ovos, banana prata, vegetais verde-escuro e leguminosas (feijão, ervilha, lentilha e grão-de-bico).

As necessidades nutricionais da gestante devem ser atendidas primeiramente pela oferta de uma dieta variada e equilibrada a partir de alimentos “in natura” e industrializados, especialmente os fortificados. Alguns nutrientes devem ser suplementados, pois mesmo com uma alimentação equilibrada podemos mesmo assim não conseguir atingir nossas necessidades diárias como no caso do ácido fólico e do ferro.

Para mais informações, visite regularmente seu médico e seu nutricionista.