A mulher que amamenta tem menos risco de contrair câncer de mama e retorna ao seu peso normal mais rapidamente, sem contar que o leite humano não tem custo.
Vale a pena reforçar a importância da amamentação logo na primeira hora após o parto para estimular a descida mais rápida do leite e assegurar que o bebê receba o colostro (primeiro leite ofertado pela mãe, que nutre e protege o bebê contra doenças). Também se deve amamentar freqüentemente, dia e noite, de acordo com a vontade do bebê. O leite da mãe é mais facilmente digerível, por isso o bebê sente fome mais rapidamente. E não oferecer nenhum outro alimento complementar nos primeiros seis meses.
Quanto mais a criança mamar, mais leite a mãe irá produzir.
Os bebês amamentados com leite humano não necessitam de água adicional, mesmo em clima quente, ao contrário daqueles alimentados artificialmente, que podem necessitar. Em caso de diarréia, a Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda que se ofereça soro para reidratação oral, além da amamentação freqüente. O estado febril também requer oferta adicional de água.
Cuidado com chás! Além de não oferecerem qualquer contribuição nutricional, exceto o açúcar, eles podem conter fatores que comprometem a biodisponibilidade de minerais, sem contar o risco potencial de contaminação pela água. Os chás normalmente são oferecidos em mamadeiras, perturbando o reflexo normal de sucção.
Os complementos lácteos comumente oferecidos nos primeiros dias de vida são prejudiciais, pois confundem tanto a criança, na medida em que perturbam seu reflexo de sucção, quanto a mãe, fortalecendo sua insegurança em relação à própria capacidade de amamentar.
Conseqüências do desmame precoce:
Sobrecarga renal, alergias alimentares, deficiências nutricionais, alterações da flora intestinal, infecções intestinais e respiratórias. A longo prazo podem ocorrer sobrepeso, obesidade e hipertensão.
Conseqüências do desmame tardio:
Deficiências nutricionais, retardo no crescimento, maior risco de infecções (diarréia) e deficiência imunológica.
Cuidados básicos na Introdução da Alimentação Complementar, a partir dos seis meses:
A mãe ou responsável pela alimentação do bebê deve ter muita paciência. A redução do aleitamento materno deve ser gradativa de forma que a primeira e última mamada sejam as últimas a serem retiradas. Se a primeira introdução for uma refeição de sal, substituir a mamada do almoço. Se for suco de fruta ou a própria fruta, ofertar na parte da manhã ou complementando uma mamada. É importante incentivar a manutenção da amamentação como alimento básico da dieta da criança pelo menos até os dois anos de idade.
A primeira reação da criança ao alimento é cuspir ou fazer caretas, mas isso não significa que ela não esteja gostando. É uma reação natural. Basta introduzir um alimento de cada vez para que o bebê possa reconhece-lo e adaptá-lo ao seu paladar e organismo.
O bebê não deve receber apenas refeições líquidas ou totalmente pastosas e, sim, texturas diferentes, observando as etapas da dentição.
A expressão da mãe ao oferecer o alimento é muito importante, ela não deve demonstrar desinteresse ou aversão. E também não deve utilizar mamadeira, pois isso, além de atrapalhar o processo de deglutição, prejudica a formação dos dentes – prefira um copinho ou colherzinha.
Dê atenção a higiene bucal de seu filho porque, a partir dessa fase, ele vai consumir uma maior variedade de alimentos.
Amamentar é muito prático! Após o período inicial, de adaptação, fica muito mais tranqüilo. Tudo que você precisa é levantar a blusa e dar o peito para o bebê. Não precisa sair para comprar leite e mamadeira e não precisa esquentar o leite. Se você dormir com o bebê na mesma cama, não é necessário nem mesmo se levantar para preparar a comida. Basta tirar o peito e colocar perto do neném. Ele faz o resto. O leite materno está sempre na temperatura ideal. Alem do mais, nunca azeda nem estraga na mama.
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