Caracterizado pelos altos índices de açúcar no sangue, o Diabetes provoca poliúria (excesso de urina), polidipsia (aumento da sede) e polifagia (aumento da fome). Mesmo comendo mais, o diabético perde peso devido à falta de nutrientes na célula: o organismo passa a utilizar reservas de energia, levando ao emagrecimento. A fraqueza geral é uma outra conseqüência – esse estado de cansaço e desânimo ocorre porque, mesmo com o excesso de açúcar no sangue, ele não entra na célula e, portanto, não gera energia.
Tipos de Diabetes
No Diabetes Tipo 1, há uma destruição das células beta do pâncreas. As células beta são as responsáveis pela produção de insulina. Também conhecido como Diabetes Insulino-Dependente, ele se manifesta, na maioria dos casos, em crianças ou jovens. A dieta e a insulina são imprescindíveis por toda a vida do portador.
Já no Diabetes Tipo 2, que é hereditário também conhecido como não-insulino-dependente. As células pancreáticas não foram destruídas neste caso, porém a produção de insulina é insuficiente. Ocorre especialmente em adultos ou idosos. É mais comum em pessoas gordas e sedentárias, além de mulheres grávidas, hipertensos e indivíduos que apresentam aumento nos níveis de colesterol ou triglicérides no sangue.
A importância da dieta alimentar
Em alguns casos, a dieta e a redução do peso são suficientes para normalizar o nível de glicose sanguínea, além de melhorar a ação da insulina.
Especialmente para o diabético, a dieta precisa ser equilibrada. É importante manter um bom funcionamento do organismo e controlar a glicose em níveis mais próximos do normal.
As fibras são indicadas neste caso, pois elas não elevam os níveis de glicemia. O ideal é consumir alimentos crus como, por exemplo, as saladas. Quando tiver que cozinhar o alimento, não deixar no fogo por muito tempo, para aproveitar melhor as fibras.
Os alimentos ricos em carboidratos devem ser ingeridos juntamente com os ricos em fibras solúveis (farelo de trigo e de cereais, feijão, lentilha, pão integral, aveia e outros) porque elas retardam o esvaziamento gástrico, ou seja, os alimentos ficam mais tempo no estômago, reduz a absorção da glicose e dificulta a absorção de lipídeos e colesterol.
Fracione as refeições ao longo do dia para evitar acúmulo de glicose sanguínea. Um lanche antes de dormir é recomendado para prevenir a hipoglicemia, principalmente quando a insulina de ação prolongada é usada.
Dê preferência às gorduras de origem vegetal, principalmente as monoinsaturadas (azeite extra virgem, abacate, castanhas e nozes), pois ajudam a reduzir o mau colesterol (LDL) e elevam o bom colesterol (HDL), que limpa as artérias removendo as placas de gordura.
A ingestão de álcool deve ser evitada, porque ele é pobre em nutrientes e pode aumentar os triglicérides, além de atrapalhar a ação da insulina. É importante prevenir o aumento da pressão arterial, reduzindo a quantidade de sal nas refeições.
O consumo de carboidratos simples como balas, doces, sorvetes, chocolates, mel, açúcar de mesa e outros deve ser evitado pelos diabéticos. O açúcar de mesa é substituído pelos adoçantes não calóricos ou de baixo valor calórico, adaptados às receitas. Recomenda-se variar sempre os adoçantes e evitar consumir apenas uma marca, pois essa atitude irá reduzir o consumo de edulcorantes artificiais e a exposição a um único adoçante faz com que a quantidade de cada edulcorante permaneça bem abaixo da ingestão diária recomendada.
Os diabéticos podem ter uma vida normal desde que sua alimentação seja equilibrada e saudável. É importante fazer um controle, monitorando a glicemia, consultando regularmente o nutricionista e o médico. O preço de uma boa qualidade de vida é a eterna vigilância.
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