Coluna | BRASILzão
Diego Gazola / Fábio Brito
Diego Gazola,(MTB-SP-44.350), é repórter-fotográfico.Graduado em Comunicação Social pela UMESP-SP, tem se especializado em fotojornalismo de viagens. Em cinco anos, já percorreu mais de um mil municípios em todo o Brasil para avaliação dos atrativos e documentação fotográfica dos Guias Turístico-Culturais da editora Empresa das Artes.As fotografias de Brasilzão são de sua autoria.
diegogazola@uol.com.br

Fábio Brito. Presidente da Empresa das Artes, editora com mais de 160 obras publicadas nos segmentos de turismo, meio-ambiente e cultura; de guias de viagem a livros de arte. Os textos de Brasilzão são de sua autoria.
fabiobritocritica@yahoo.com.br
São Paulo: um palco a céu aberto
09/09/2009

Cartão postal símbolo de São Paulo

Uma parceria público-privada

A imbatível Vai-Vai na Praça da Sé

Verdadeiro representante da cultura popular

- Como é bom sentir-se feliz, não é mesmo?

- Me parece óbvio o que diz, afinal quem gosta de estar infeliz?

- Estou dizendo isso porque fiquei emocionado com o projeto Ocupação Cultural do Centro Histórico de São Paulo. A abertura, na Praça da Sé, com um céu escuro pontuado por uma lua nascente que abençoava o evento colaborou para o bem-estar de todos: moradores de rua, visitantes, habitantes da região, trabalhadores, representantes da prefeitura e da mídia.


Estudantes e o Editor - Foto de Diego Gazola

- Agora sim entendo a sua mensagem. Também me emocionei ao ver os desabrigados chorando ao som das violas. Foi um presente enorme o que foi oferecido a eles naquela noite maravilhosa! Parecia um sonho, não é mesmo?

- Não era um sonho não. A realidade pode ser boa e a cultura é a ponte de concórdia entre os povos, entre as classes sociais, entre as famílias e os amigos, entre os comerciantes e seus concorrentes, entre os policiais e a massa.


Amigos na Ocupação Cultural

- Nossa, você não está exagerando?

- Não estou não! A Ocupação Cultural trouxe de volta ao Centro Velho pessoas da zona sul – área privilegiada onde habitam os mais abastados –, que há muitos anos não frequentavam a área por medo, desinformação e preconceito. A ação beneficia os comerciantes, dando-lhes motivos para abrir suas portas no final de semana e pode ampliar o interesse das pessoas de morar no Centro. Queremos que a área seja efetivamente habitada: “o centro concentra grande parcela de força de trabalho da cidade, mas carece de eventos culturais. Nosso objetivo é aumentar a frequência nos finais de semana”, disse o Subprefeito da Sé.


Os Violeiros do Parque


A volta dos Violeiros no domingo ensolarado

- Existe preconceito, desinformação e falta de interesse pelo passado histórico-cultural. Hoje o trabalho policial realizado na região é bom, mas mesmo assim as pessoas que trabalham no Centro fogem no final de semana. Com o projeto, queremos realmente mudar o perfil do frequentador.


Linhas sóbrias do pulmão financeiro

- As atrações começaram na sexta-feira com o coral da Universidade UNINOVE, e o momento foi mágico! Aos poucos as pessoas se aproximaram e, quando o violeiro fascinante, João Villarim, abraçou sua viola, o encantamento tomou conta do espaço. Próximo ao marco zero da quinta mais populosa cidade do planeta iniciou-se um projeto ousado, heróico e belíssimo, graças ao envolvimento e obstinação dos dois principais envolvidos: Maria Célia Camargo e Fábio Ávila. Dois obstinados, dois amantes de São Paulo.


São Paulo ouve os Violeiros do Parque


O público infantil assiste ao teatro


Detalhes elegantes da arquitetura paulistana

São Paulo - mãe de todos

- Como foi a programação?

- Todos os que participaram, de maneira voluntária, empolgaram o público seja através de atuações teatrais, pela sua voz de cantores, pelo manusear dos instrumentos, por performances especiais como Acrobacia & Arte, onde pais e filhos se divertiram com os futuros equilibristas.


O público elegante de outrora

- Oficinas com grafiteiros (Tatoo e Robson), Taiwan registrada através das lentes do fotógrafo Fábio Knoll, MPB com Flavito Guerra, Thiago Augusto e Rodrigo Denega, MPB com Lua Reis e Especiarias do Som, o show Aurora com Pierina, a bateria da Vai-Vai com suas baianas e porta-bandeira, a bateria da Camisa Verde e Branco, o Circo de Trapo, e, enfim, outras belíssimas atrações que transformaram o Centro de São Paulo em um grande palco a céu aberto.

Padre Contieri e os artistas em praça pública

- Maravilha! Não vejo a hora de termos uma nova edição do evento...

- Ocorrerá em outubro, com o apoio da Subprefeitura Sé e do Vereador Quito Formiga, além do envolvimento do Secretário das Subprefeituras, Andrea Matarazzo. Venha para o Centro de São Paulo e divirta-se conosco!

 

 


Fanta Konatê, representante da Guinée


Tribo de Dança em ensaio

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