A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) concluiu o inquérito e indiciou o homem de 28 anos que, em 28 de junho, matou a esposa e manteve a sobrinha de 8 anos refém por dez horas em Guaxupé, no Sul de Minas. Durante o cárcere privado, foi constatado que o investigado também abusou sexualmente da criança.
De acordo com a PCMG, a investigação reuniu um robusto conjunto de provas a partir da oitiva de mais de 20 pessoas, além de perícias criminais, exames médico-legais e análises de documentos. O inquérito apontou que o homem exigiu dinheiro para libertar a sobrinha e chegou a efetuar disparos contra os policiais militares que atendiam a ocorrência.
A delegada responsável pelo caso, Mireli Mafra, destacou a complexidade da investigação, que exigiu uma atuação técnica e firme. “Nosso compromisso é com a verdade e com a proteção das vidas, sobretudo das mais vulneráveis”, afirmou a delegada ao ressaltar o direito das vítimas a uma resposta do sistema de justiça.
O crime ocorreu na manhã de um sábado (28/06), quando o próprio autor, por volta das 7h30, realizou uma chamada de vídeo para um amigo, confessou ter assassinado sua companheira, de 26 anos, e ameaçou matar a sobrinha. Na chamada, ele exibiu uma pistola calibre .380 e pediu que a polícia fosse acionada.
A situação mobilizou equipes da Polícia Militar de Guaxupé e São Sebastião do Paraíso, além do Batalhão de Operações Especiais (Bope), que assumiu a negociação. Durante o contato, o homem atirou contra uma viatura e fez ameaças à vida da criança. Após quase dez horas, por volta das 17h30, ele liberou a menina, se rendeu e foi preso em flagrante. A esposa foi encontrada sem vida no interior da residência.