O Ministério Público de Minas Gerais obteve nova condenação do ex-delegado regional de polícia de Varginha, Wellington Clair de Castro, em razão da prática dos crimes de falsidade ideológica, corrupção passiva e lavagem de valores. Agora, ele terá que cumprir pena de 17 anos, 9 meses e 02 dias de reclusão, em regime inicialmente fechado.
A sentença ainda determinou a perda do cargo de delegado de polícia, o pagamento de multa, a reparação por danos morais coletivos no valor aproximado de R$ 860 mil e o perdimento de bens do ex-agente público. O ex-Delegado terá que devolver R$ 874.831,73, reconhecidos como propina recebida.
Wellington Clair foi denunciado em decorrência das investigações que deram origem à operação Delta, realizada em outubro do ano passado, pela Promotoria de Justiça de São Gonçalo do Sapucaí, com apoio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), núcleos Pouso Alegre e Varginha. A operação deu continuidade às investigações promovidas pelo Ministério Público Federal.
Após a instrução, a ação penal envolvendo o ex-Delegado, que já havia sido condenado pela prática de crimes de organização criminosa, corrupção passiva e prevaricação, resultou em sua nova condenação, pelo fato de o réu ter recebido “mesada” de pessoas ligadas ao jogo do bicho e a esquema ilícito na venda de cigarros, além de ele ter favorecido uma delas com a falsificação de Documento Auxiliar de Nota Fiscal Eletrônica (Danfe).
O Juízo de 1.º grau reconheceu a existência de provas da utilização dos valores ilicitamente recebidos pelo ex-delegado regional para a aquisição, edificação e reforma de imóveis.
Além disso, outra pessoa acusada de envolvimento nos crimes foi condenada, mas teve a pena perdoada por ter auxiliado nas investigações com colaboração premiada.