Coluna | BRASILzão
Diego Gazola / Fábio Brito
Diego Gazola,(MTB-SP-44.350), é repórter-fotográfico.Graduado em Comunicação Social pela UMESP-SP, tem se especializado em fotojornalismo de viagens. Em cinco anos, já percorreu mais de um mil municípios em todo o Brasil para avaliação dos atrativos e documentação fotográfica dos Guias Turístico-Culturais da editora Empresa das Artes.As fotografias de Brasilzão são de sua autoria.
diegogazola@uol.com.br

Fábio Brito. Presidente da Empresa das Artes, editora com mais de 160 obras publicadas nos segmentos de turismo, meio-ambiente e cultura; de guias de viagem a livros de arte. Os textos de Brasilzão são de sua autoria.
fabiobritocritica@yahoo.com.br
Repouso em Arembepe
06/03/2008

A lagoa nos convida para um banho agradável

- Éramos seis...

- Isso é título de um livro, tema de telenovela, não é isso?


Esforços de convivência da modernidade com o rústico

- Éramos seis a caminhar de Salvador até Arembepe pela orla, passando por locais ainda tranqüilos e recantos selvagens daquela parte da costa oceânica brasileira.

- Acho que as coisas mudaram meu amigo. Conte-me um pouquinho mais sobre essa aventura.

- Na época tínhamos todos entre dezoito e dezenove anos de idade. Foi em 1971. Era a nossa primeira experiência de viajem para o nordeste brasileiro e através de Salvador descobríamos os encantos daquela terra que nos parecia tão distante. E idílica. Era a Baía de Todos os Santos.

- Onde se hospedaram?


Abrigos de palha a beira mar

Área de camping em plena natureza

- Resolvemos seguir a pé da capital baiana até a aldeia de Arembepe que se encontrava a 47 quilômetros de distância. Levamos nossos sacos de dormir, um dinheirinho nos bolsos, um violão e fomos caminhando pelas areias ora escaldantes ora molhadas pelas ondas do mar.


O entardecer em Arembepe

- Você toca violão?

- Não. Marina Reti, nossa amiga, de pai italiano e mãe uruguaia, era quem soltava a voz com músicas da extraordinária cantora argentina Mercedez Soza.

- Então vocês eram hippies?

- Não. Não éramos. Tínhamos um sonho a realizar que era conhecer a Bahia e ir até Arembepe, a vila de pescadores que inocentemente acolheu o movimento hippie que chegou a ter representantes importantes do mundo das artes, como os nossos queridos Caetano Veloso, Gilberto Gil, os inesquecíveis Mick Jagger e Jamis Joplin, cada qual se deliciando ao banhar-se na lagoa, passeando pelas dunas tomando água de coco ou degustando um delicioso peixe na brasa.


O artesanato como meio de sobrevivência

- Ainda é assim?


Mensagens de simplicidade

- Não. As coisas mudaram. Hoje em dia a especulação imobiliária tomou conta da região e o massacre já começa na consagrada Praia de Itapoã. A fúria das incorporadoras e das construtoras além do desejo da população de possuir casas à beira mar fizeram com que o paraíso fosse se transformando, se desfigurando...

- Você acha então que já não compensa ir a Arembepe nesse inicio de século 21?

- Veja, apesar de tudo isso Arembepe resiste através de esforços que têm sido realizados para preservar as áreas protegidas nas margens do rio Capivara, próximas à lagoa e junto aos recifes que nos oferecem as piscinas naturais com águas cristalinas.

- E os hippies?  


Algumas pessoas buscam a vida alternativa junto à natureza

O vilarejo e suas casas simples

- Ainda há uma comunidade que vive próxima à natureza em casas de palha sem as benesses do “mundo civilizado”. São pessoas puras que optaram por uma vida singela e sobrevivem vendendo artesanato, convivendo com as estrelas e a paz de espírito que nos propicia o pacato vilarejo. É um Oásis...

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