A maioria dos bares e restaurantes tem respeitado o protocolo de segurança, afirma sindicato
Com o aumento no número de casos de Covid-19 em Varginha, a partir da próxima semana os bares, restaurantes e lojas de conveniência da cidade voltam a fechar às 22h, uma redução de duas horas no funcionamento dos estabelecimentos. A medida para tentar frear o crescimento de número de casos foi anunciada nesta sexta-feira (8) pelo prefeito Vérdi Lúcio Melo.
De acordo com o presidente o Sindicato Empresarial de Hospedagem e Alimentação de Varginha – SEHAV, André Yuki, com a redução no horário de funcionamento, o setor pode registrar uma queda de até 30% no faturamento.
“Para a maioria talvez seja apenas duas horas, para o setor da saúde pode parecer que terá menos pessoas na rua, menos aglomerações e menos contágio. Para o setor de alimentação fora do lar, que trabalha no horário noturno, essas duas horas irá refletir uma queda de 20 a 30% no faturamento. Parece pouco?”, questiona Yuki.
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Para o presidente do sindicato, o setor de alimentação foi um dos mais afetados pela pandemia do novo coronavírus. Ainda que o segmento de entregas de comida por aplicativo tenha tido um aumento significativo de demanda durante o isolamento social, não é o suficiente. 85% dos negócios estão faturando menos do que antes, 7% já fecharam as portas.
André Yuki afirma que o setor amarga uma redução de 46% no faturamento desde o início da pandemia por conta das restrições impostas pelos protocolos sanitários como o distanciamento de mesas, redução de capacidade de número de pessoas no ambiente e horário reduzido.
“2020 não foi fácil para bares e restaurantes, 87% deles estão passando dificuldades financeiras”, relata o presidente do sindicato.
Para André Yuki, os bares e restaurantes não são os vilões. Segundo ele, com os estabelecimentos fechando às 22h, as pessoas não deixaram de se reunir.
“A maioria dos bares e restaurantes tem respeitado o protocolo de segurança, para que não estão alinhados, estão sendo punidos como temos vistos nas notícias. A nossa preocupação está nos espaços clandestinos ou em encontros informais nas suas residências, nestes locais os critérios de segurança sanitários caem muito e a situações de risco de transmissão aumenta consideravelmente”, diz André.
Para finalizar, André Yuki destaca a importâncias das ações de enfrentamento à Covid-19 e pede a colaboração da população para a manutenção de empregos e empresas.
“Realmente se não houver uma cooperação da população, e os índices continuarem crescendo o sistema de saúde irá entrar em colapso em breve, provocando medidas mais radicais para o comércio. A forma eficaz de contenção continua sendo o distanciamento social, uso de máscara e higienização frequente”, completa.
“O nosso apelo à população é que colabore, para manter os empregos e as empresas”, finaliza.