Coluna | Fatos e Versões
Rodrigo Silva Fernandes
Advogado e articulista político do Jornal Gazeta de Varginha. Escreve todas as quartas e sextas.
Cabeça no céu, pé no chão e foco no crescimento; No escurinho; (Falta de) Empenho?
29/01/2014
Cabeça no céu, pé no chão e foco no crescimento

O UNIS esta recebendo nesta semana a diretora da Escola de Saúde do Instituto Politécnico de Santarém, de Portugal. A visita retribui a visita do reitor do UNIS, Stéfano Gazola, que foi a Europa fechar parceria entre o UNIS e a instituição portuguesa. O foco dos trabalhos do UNIS com a entidade portuguesa será a área de saúde, já focando a conquista do curso de Medicina pelo UNIS. A diretora vai conhecer a estrutura de saúde de Varginha e a parceria entre as instituições, fechada em setembro de 2013, prevê a cooperação na pesquisa, o intercâmbio de alunos e professores e a oferta conjunta de cursos. Pode parecer “sonhar alto” o UNIS fechar parcerias com instituições de ensino da Europa, com intercambio de alunos e professores, mas na verdade, o que estas articulações mostram é que o UNIS quer mesmo aprender e se modernizar com que tem competência reconhecida internacionalmente para melhorar sua estrutura educacional aqui, e concorrer com supe-rioridade na região, que é foco de investimentos de outras instituições de ensino regionais. O UNIS aposta que vai trazer o curso de Medicina para Varginha, bem antes da Unifenas ou Unifal. Só o tempo dirá! 

No escurinho

A secretaria municipal de Obras tem feito pequenos reparos e melhorias nas praças de Varginha. Alguns urgentes e necessários, outros, democráticos e triviais, mas que podem não agradar todo mundo. Na praça Marcílio Dias, na Vila Pinto, o popular Rodelão, co-nhecida praça usada por casais de namorados adolescentes do tradicional bairro aristocrata de Varginha, a secretaria de obras instalou rampas de acesso para que cadeirantes possam frequentar o local. A secretaria também fez a manutenção da iluminação do poste central da praça que ficava sempre apagado, aumentando o escurinho e os amassos dos namorados adolescentes que usam a praça no cair da noite. Com as reformas os namoros na praça vão precisar ser mais comportados, afinal o local estará mais claro e poderá ter cadeirante observando!

Pai da criança

A direção do PC do B em Varginha encaminhou e-mail à coluna informando que a muito tempo vem discutindo com a atual administração, através do prefeito e vice, a conquista de um Centro de Iniciação ao Esporte – CIE para a cidade. A obra que pertence ao pacote de investimentos do PAC 2, deve ser construída em Varginha em 2014 com recursos da ordem de R$ 2 milhões. A Prefeitura dará o terreno como contra-partida. Segundo o e-mail enviado à coluna, desde 22 de março de 2013, os comunistas já discutem com o Executivo municipal a vinda da verba. Na semana que passou o presidente estadual do PC do B, Wadson Ribeiro, esteve em Varginha “fazendo política” e anunciou, depois de já ser público, que o município receberá o recurso para o CIE. Ocorre que outros políticos, como o deputado federal Dimas Fabiano (PP), já liberaram recursos para o esporte em Varginha, o último da ordem de R$ 500 mil, o que foi reconhecido e elogiado pelo prefeito e vice. O parlamentar do PP, que trabalha em silencio, seja por “mineiridade ou por falta de velhacaria” obteve cerca de 16 mil votos em Varginha e tem liberado muitos recursos para a região, além de acompanhar de perto os pleitos da cidade junto aos ministérios, e assessorar os líderes municipais nos burocráticos e intermináveis corredores políticos de Brasília. Sabe-se que o presidente estadual do PC do B, Wadson Ribeiro, foi secretário executivo do Ministério dos Esportes, que deixou sob acusações de cometer irregularidades, e onde ainda possui muitos amigos. Wadson Ribeiro será candidato a deputado federal pelo PC do B, e obviamente quer “ganhar votos” com os investimentos do Ministério dos Esportes. Porque o comunista apostaria seus “cartuchos políticos” para trazer verbas para Varginha, onde não tem perspectivas de boa votação? Nesta discussão de “paternidade do CIE” é bem provável que a busca pelo investimento tenha sido iniciada pelos comunistas locais, mas acredito que o já deputado federal Dimas Fabiano (PP) tenha 16 mil motivos e um mandato federal a mais para ter sido o determinante na conquista do Centro de Iniciação ao Esporte para Varginha. Mas de qualquer forma, outros “pais da bela criança” como o deputado Odair Cunha (PT), entre outros, vão aparecer até a inauguração da obra. O que importa é Varginha conseguir mesmo o recurso! Como diz o ditado, “não importa a cor do gato, o importante é que ele persiga o rato”. No caso, pouco importa o partido ou deputado que trouxe o investimento, o que importa é que ele realmente venha e seja bem aplicado!

(Falta de) Empenho?

A Azul Linhas Aéreas vai deixar de operar na cidade a partir de 20 de março deste ano. Novamente a interrupção das linhas aéreas de Varginha com grandes centros vai prejudicar toda a economia local, como ocorreu no início de 2012. A coluna conversou com empre-sários, representantes da empresa Azul, e fontes dos governos municipal e estadual. É fato que a “derrocada” dos voos comerciais em Varginha começou com a perda do voo para Belo Horizonte, o mais demandado na cidade. A falta de estrutura do aeroporto municipal foi a justificativa da empresa aérea para interromper os voos naquela época e depois de sanada a falta de uma alegada brigada de incêndios, Varginha não recuperou o voo para a Capital mineira, o que mostra um certo “pouco caso” da Azul com seus clientes do Sul de Minas. A empresa aérea esta reformulando suas linhas e aeronaves, focando em mercados mais lucrativos que o de Varginha, ou onde as autoridades são mais exigentes e atuantes, o que não é o caso de nossa cidade. Em que pese os “esforços e discursos” do governo municipal, o problema é que temos pouco esforço e muito discurso. Desde o primeiro momento a atual administração tinha conhecimento das dificuldades da empresa e do aeroporto, mas deixou primeiro a “bomba estourar” para depois tentar tomar atitude. Ainda assim, a secretaria municipal de Turismo, e a direção do aeroporto municipal, que não possuem recursos financeiros ou peso político para mudar a triste realidade do aeroporto tem ficado no “papo” ao invés de reconhecer os problemas e propor atitudes concretas e realizáveis. 

 

(Falta de) Empenho? 2

Se o mercado em Varginha é tão bom quanto dizem, porque não foi buscada a mais tempo a instalação de uma nova empresa aérea na cidade? Porque deixaram o município depender apenas da Azul? Se nosso aeroporto é “completo” como dizem, porque existem comentários de que a Azul esta deixando Varginha em razão da falta de estrutura do aeroporto para operar com seus os aviões ATRs 72? Diversas cidades como Uberaba, Belo Horizonte e Montes Claros tiveram ações políticas dos Governos municipais e do Estado para manterem voos comerciais. A Prefeitura não se diz próxima do Governo de Minas, pois bem, é chegada a hora do “governador pegar o telefone e dizer a quem for preciso que é fundamental que se permaneçam os voos comerciais diários e para a Capital do Estado em Varginha”. O Governo do Estado já fez isso antes por outras cidades, e surtiu resultado positivo, porque não faria por Varginha? Será que nossas autoridades municipais já se mobilizaram politicamente para impedir mais esta perda? Como o prefeito quer trazer um aeroporto de cargas para Varginha se nem mesmo teremos voos comerciais? É fato que esta faltando mobilização política e administrativa para mantermos de pé o aeroporto mu-nicipal, que vale registrar, precisa e muito de mais investimentos e melhorias. Empresários ouvidos pela coluna registram que setores como o turismo, educação e negócios vão sofrer com a perda dos voos. Certamente a economia será afetada, e não se sabe o quanto, até que nossa “míope classe política” veja o quanto sua (in)competência penaliza a cidade.

Legislando...

A Câmara Municipal se reuniu na última sexta (24/01) em uma reunião extraordinária para discutir projetos “importantes” trazidos pelo Executivo. Entre os temas analisados pelo Legislativo estava a destinação de quase R$ 20 milhões em verbas públicas estaduais e federais, que já estão no caixa da Prefeitura, mas que precisam de “ajustes administrativos e burocráticos” para serem gastos. O Executivo curiosamente também encaminhou projeto para o pagamento de “parceria” com uma emissora de TV por um evento realizado no ano passado. Um daqueles eventos “caracú” em que o setor público entra com a “pior parte”. O Executivo também encaminhou projeto para fazer modificações no quadro administrativo do governo, para reduzir a independência e os gastos da Guarda Municipal e do Semul, que deverão ser subordinados a alguma secretaria municipal. Alguns disseram, inclusive, que houve erro na confecção do orçamento municipal, o que resultou na necessidade de “correção de destinos e números” na peça orçamentária. Como se vê, temas passiveis de “muita discussão” mas ainda assim, pouco foi solucionado. Alguns vereadores não parti-ciparam da reunião e algumas comissões não emitiram parecer definitivo. Os principais projetos vão continuar sendo analisados pelo Legislativo. A coluna vai voltar a falar destes temas encaminhados pela Prefeitura à Câmara Municipal. Mesmo porque na Guarda Mu-nicipal já tem quem esteja “torcendo o nariz” para as mudanças pretendidas.  

mas sem ganhar Jeton.

A reunião extraordinária da Câmara, que não contou com a presença de todos os verea-dores, não teve os desdobramentos financeiros dos muitos Legislativos municipais, esta-duais e federal, que costumam pagar gordas gratificações a seus integrantes por tais reu-niões. Em Varginha, por iniciativa do então vereador Dimas Fabiano (PP), os edis não re-cebem jeton para participar de reuniões extraordinárias. A medida moralizadora proposta por Dimas Fabiano, que hoje é deputado federal, é uma das ações que fez do Legislativo de Varginha um dos mais enxutos do Sul de Minas. Mas nem por isso, o mais eficiente! A Câmara de Varginha ainda pouco participa ou opina em graves problemas enfrentados pela cidade, como a já atrasada reforma do trânsito, a possível renovação do contrato de sa-neamento com a Copasa, a gigante e nebulosa dívida do Hospital Regional e os problemas da saúde, bem como a “obscura manobra” do governo para entregar o aterro sanitário para a Copasa, que ainda não disse como e quando vai acabar com o problema do lixo em Varginha, entre tantos outros assuntos.

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