Coluna | Boca Maldita
Dacio Helene Júnior
Cronista. Sou inconformado com todos os desmandos políticos e odeio profundamente os causadores. Quero que o diabo os tenha em sua infinita desgraça!
Minhas homenagens, Sr.Renan Calheiros!
15/09/2007
Que dizer da absolvição de um crápula?

Que dizer da condenação da mãe que furtou um pote de margarina para satisfazer o desejo de uma criança?

Sinceramente, não sei...

Houve épocas em que eu critiquei com veemência todos aqueles que praticavam qualquer espécie de desonestidade. Bandidos, traficantes de drogas, ladrões comuns que assaltavam em semáforos, vendedores de jogos do bicho, sacoleiros que cruzavam as estradas carregados de muambas para arrecadar trocados e alimentar os filhos e mais uma infinidade de contraventores que a moral e o bom senso sempre condenaram...

Estou envergonhado de me dizer brasileiro. Triste diante da comprovação de que uma instituição como o Senado Federal nada mais é que um local onde se negociam secretamente interesses particulares e favorecimentos inescrupulosos...

Estou enojado com os senhores senadores da República. Com todos eles, sem qualquer exceção, afinal os que se dizem desafetos nada mais são que os excluídos das benesses oferecidas.

Não se iluda imaginando lá existirem bons. Só existem ruins e piores. Bons não são políticos. Bons são os produtores de bens e serviços que dotados de uma imbecilidade patriótica acabam por criar representantes que sem qualquer pudor ou mesmo atenção aos representados, votam secretamente a morte deste pobre país traído e roubado escandalosamente!

Nojo é o que sinto diante dessa absolvição. Ódio é a forma mais adequada de expressar a exclusão social dominante no solo nacional.

Medo é o que deveriam sentir os senhores senadores ao tentar justificar o injustificável. Deveriam... mas não sentem. Riem da imbecilidade patética de 60% dos eleitores brasileiros, que no pleno “exercício da cidadania” e sem se dar conta do mal, cavam o abismo cada vez mais intransponível entre a dignidade e a exclusão social...

Pobre país traído e roubado. O partido com o qual os excluídos sempre se identificaram acaba de roubar-lhes a última esperança, destruindo sua representatividade no senado e fortalecendo o executivo, para mais ações demagógicas e retóricas intermináveis...

Diante da perfeita manipulação dos senhores senadores, receba minhas homenagens, senhor Renan Calheiros. Não são sinceras nem verdadeiras, mas isso não importa, afinal o senhor também não o é!

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