Coluna | Fatos e Versões
Rodrigo Silva Fernandes
Advogado e articulista político do Jornal Gazeta de Varginha. Escreve todas as quartas e sextas.
Já começou; Um prato que se come frio; A lista suja; Novos Julianos Rodrigues?
24/08/2022

Já começou 

Por mais que o eleitor diga que não gosta de política, tenha pavor deste ou daquele candidato, a verdade é que o tema, suas brigas e polêmicas contagia a maioria dos eleitores até o dia das eleições. E vejam que as polêmicas ficam mesmo por conta do eleitor, pois é ele quem briga e movimenta o período. São os eleitores dos candidatos que fazem protestos, movimentam as redes sociais, fazem as pré-eleições acontecer. Os candidatos mesmo, quando próximos, no máximo se alfinetam com perguntas inconvenientes. Já os eleitores, inflamados são quem matam e ferem seus candidatos, que na maioria das vezes, não valem o esforço. A coluna é totalmente contra violências, mentiras, desrespeito à lei e toda sorte de infelicidades que ocorrem neste período, mas é bem verdade que é justamente a população (partidarizada) é quem promove toda esta algazarra. Como antídoto para tudo de errado que vemos neste período, ficam algumas dicas. É preciso ter fontes seguras de informações, normalmente os órgãos oficiais da Justiça Eleitoral, veículos de comunicação sérios e órgãos de checagem. Vale a pena acompanhar debates, analisar currículo e a vida pessoal de cada um dos candidatos, sua história e compromissos. Não custa também ver o histórico partidário, empresarial e até criminal dos candidatos para decidir em quem votar. A maioria destas informações está na internet, que também tem muita notícia falsa, igual já vemos nas redes sociais. Então cuidado, vão tentar te enganar, mas com um pouco de cuidado e prudência, dá para saber quem é quem, sem se envolver em brigas e bate boca. Em eleição, as ideias e projetos são quem devem lutar e disputar sua preferência e não as pessoas. 

Um prato que se come frio 

A candidata a deputada estadual Zilda Silva (Partido Progressista), que também é presidente da Câmara dos Vereadores de Varginha, esteve visitando o Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Varginha (Sindserva). A visita de candidatos a instituições é algo comum neste período. Ainda mais um sindicato forte e com tantos associados como o Sindserva. Contudo, a visita de Zilda Silva e a possível simpatia do comando do Sindserva a sua candidatura tem um recado direto e oculto ao governo e seu candidato oficial a deputado estadual. O comando do Sindserva teve uma desavença política com o ex-secretário municipal de governo, que hoje é candidato a deputado estadual. Quando da desavença entre a instituição sindical e o representante do governo, nos bastidores, várias ameaças foram proferidas, o que levou a instituição a “cair no colo de Zilda”. A atual presidente da Câmara vai focar sua força para ganhar votos na cidade, pois o voto local tem enorme força para seu projeto político futuro, onde é fundamental o apoio dos servidores públicos e do Sindserva. Na verdade, Zilda Silva é candidata agora a deputada e vai testar sua força política na cidade, para em 2024, tentar uma candidatura majoritária. Dizem que o ex-secretário municipal de governo teria o mesmo plano. Depois da suposta briga entre o presidente do Sindserva e o ex-secretário municipal de Governo, as promessas de perseguições trocadas levaram ao “troco” dado agora pela instituição que deve apoiar a principal concorrente do ex-secretário: Zilda Silva. Afinal, Zilda foca na mesma cadeira de prefeito que muitos querem conquistar em 2024, mas começaram a disputa agora em 2022. Além disso, Zilda Silva está apoiando a reeleição do deputado federal Dimas Fabiano, que também nos bastidores, não seria mais “best friend” do ex-secretário de governo. Ou seja, a briga de dois meses atrás produziu este “prato frio que está sendo servido agora. E não se enganem, pois até 2024, haverá muitos banquetes de pratos frios nesta disputa”. 

A lista suja 

A Justiça Eleitoral publicou uma enorme lista com nomes de pessoas que estão impedidas de se candidatar nestas eleições. São políticos, empresários, artistas etc. Todos com problemas como ficha suja, prestação de contas não aprovadas ou mesmo nem enviadas à Justiça Eleitoral em outros pleitos onde disputaram, crimes onde já foram condenadas etc. Alguns destes nomes ainda tentaram disputar eleição nestas eleições, mas foram barradas. Vale dar uma olhada na lista, tem muita gente conhecida de Varginha nesta relação. E podem escrever que esta lista vai aumentar com a disputa de 2022. Afinal, além das pendências naturais que já temos a cada eleição, o aumento da burocracia aos partidos é inversamente proporcional ao preparo e estrutura das legendas em âmbito municipal. Muitas das siglas estão com problemas junto à Justiça Eleitoral, principalmente em âmbito municipal. A coluna vai fazer um apanhando destes problemas para trazer aos leitores. 

Números e metas 

A quantidade mínima de votos necessária para eleger um deputado estadual é de, em média, 35 mil votos. Podendo este número variar pouco para mais ou para menos, a depender do desempenho de uma ou outra sigla que possa ter um bom desempenho nas urnas, o que não se acredita até aqui. Já para deputado federal, é possível que em Minas algum deputado seja eleito com pouco mais de 60 mil votos. O que também pode mudar, dependendo do desempenho da legenda e seus puxadores de votos. Poucos são os candidatos locais que têm chance de chegar a estes números. Mas também são poucos os candidatos locais que estão, verdadeiramente, visando estes números. O foco de muitos deles é chegar a outras metas eleitorais. Varginha tem em torno de 100 mil votos, sendo que em torno de 90 mil são votos válidos. Para alguns dos candidatos de agora, a meta é chegar a conquistar nestas eleições de 10% a 20% do eleitorado, ou seja 15 a 20 mil votos. Estes números são importantes dentro do partido, pois embora não garanta a eleição para deputado, contribui sobremaneira para a eleição de outro nome, além de garantir a liderança da legenda na cidade para o pleito de 2024. Além disso, quem tiver 20 mil votos em Varginha nas eleições de 2022 e não for eleito agora, já é um “candidato a prefeito no casulo para 2024”, quando sabemos que não há nomes definidos. Também existem aqueles que, tendo um bom desempenho agora, podem credenciar-se a participar do governo estadual que vencer as eleições agora, ou mesmo ingressar no gabinete de algum parlamentar eleito, o que também contribui muito para as eleições de 2024. Em verdade nenhum dos candidatos locais de agora vão assumir que as candidaturas de agora são um trampolim, preferem dizer que esta eleição é o plano B. Mas podem comparar os nomes nas urnas de 2016 e 2020, e vamos analisar os nomes que disputam agora e que vão disputar em 2024. A conferir  

Rodovia de desenvolvimento regional

O Legislativo municipal cobrou, através de um requerimento entregue à Prefeitura e ao Conselho Regional de Desenvolvimento Econômico de Varginha, respostas sobre a sugestão de implantação de uma nova estrada que ligará a Rodovia BR-491 a região próxima à empresa Porto Seco Sul de Minas, mantendo ligação até chegar ao aeroporto e/ou trevo de acesso ao Campus do Unis. Varginha ainda tem muito que crescer e não basta crescer em números populacionais, a cidade deve crescer de forma orgânica e segmentada, proporcionando o desenvolvimento econômico e garantindo o bem-estar da população e a manutenção empregatícia. Abrir caminhos para a construção desses pólos é abrir caminho para a geração de emprego e renda, criando oportunidades às famílias varginhenses e da região. O trecho cujo estudo de caso irá cobrir tem início a partir da Região Industrial Cláudio Galvão Nogueira, na BR-491, sentido estrada rural indo de encontro à empresa de armazenagem, ligando-se novamente à BR-491, próximo ao aeroporto e/ou ao trevo de acesso ao campus universitário. A nova via proposta é de interesse do Porto Seco e também do UNIS, além de representar uma nova alternativa para saída e entrada de pessoas e mercadorias na cidade. Podem ir se acostumando a escutar a Porto Seco e UNIS na mesma frase, ainda mais em projetos estruturantes que estão sendo construídos na cidade. As duas instituições já possuem diversas parcerias, como a construção do trevo do aeroporto e muitas outras ações políticas e estruturais que estão em andamento. Vale também ressaltar que no governo municipal, tanto o Porto Seco como o UNIS são vistos como parceiros de primeira ordem. A menos, é claro, que o governo mude de grupo político em 2024, o que não é impossível de ocorrer. 

Novos Julianos Rodrigues?

A coluna já comentou aqui sobre o polêmico Juliano Rodrigues que tumultuou as redes sociais na região com lives onde fazia acusações sem provas e tornou-se o terror de muitas autoridades políticas locais. Juliano Rodrigues continua preso, após diversas sentenças condenatórias de calúnia e difamação a vereadores, prefeitos, magistrados, membros do Ministério Público, empresários, deputados entre outros. Não se tem notícia de nenhuma outra pessoa presa pelos mesmos motivos na história jurídica recente. Contudo, algo precisava ser feito para impedir que a onda de fake News e tumultos gerados pelas ações de Juliano Rodrigues tivesse um fim. Mas vejam que foram mais de 5 anos até que a Justiça desse fim ao caso. Mas até então Juliano Rodrigues passou 3 eleições onde cultivou amor e ódio e fez seguidores usarem as redes sociais para cobrar as autoridades por melhorias. Não teremos Rodrigues nestas eleições, mas isso não significa que outros polêmicos Julianos Rodrigues não possam aparecer. Aliás, a aposta da coluna é que vão aparecer outros “paladinos da internet” que vão causar pânico em autoridades e dar trabalho à Justiça. Será que o poder Judiciário está pronto para tal desafio? Cumprir a lei, dentro dos prazos, sem tolher a liberdade de expressão e dando segurança do fim das fake News? Parece um desafio gigante para o qual não temos certeza se nossas autoridades estão capacitadas. Basta uma rápida passagem pelas redes sociais e mensagens trocadas entre populares da região para perceber que a “revolta e indignação cresce perigosamente entre nós”. A conferir! 

Empresários e trabalhadores da indústria mineira unidos pelo emprego  

Uma manifestação do Fórum Estadual Pró Emprego e Renda, que reúne líderes empresariais e dos trabalhadores da indústria mineira, garantiu a aprovação pelo Conselho Estadual de Política Ambiental (Copam) de projeto que prevê investimentos de R$1,2 bilhão no Vale do Jequinhonha. Só a aprovação já gerou 200 empregos iniciais e no curto prazo serão mais mil novos postos na Sigma Lithium”. A nova unidade vai produzir lítio com grau de bateria de alta pureza, na divisa entre Araçuaí e Itinga, no Vale do Jequitinhonha, Norte de Minas Gerais. “É a primeira planta do gênero no Brasil com empregos locais que podem gerar novos postos de trabalho em várias cadeias produtivas mineiras” comemorou o presidente da Fiemg, Flávio Roscoe na reunião do Fórum Estadual Pró Emprego e Renda, realizada no dia 17 de agosto. O representante da Federação Estadual dos Metalúrgicos de Minas Gerais, Marco Antônio de Jesus, eleito co-presidente do fórum, que analisa projetos que têm potencial de geração de empregos e estão encontrando entraves burocráticos, ressaltou a mobilização. Também foi aprovada moção de apoio ao Projeto São Romão apresentado pelo presidente Sindimalhas, Aroldo Teodoro Campos. A iniciativa da empresa Arteca Safra na região do Norte de Minas prevê a sinergia entre lavoura, pecuária e floresta. “São 80 mil hectares e possibilidade de 2.500 empregos diretos e falta previsibilidade com o que não está em nossas mãos," observou o empresário, cujo projeto também está no Copam. Durante a reunião, o presidente da Federação dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação no Estado de Minas Gerais, José Afranes de Carvalho, apresentou o potencial de industrialização de rejeitos de hortifruti Região do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba, que elogiou a oportunidade: “Foi sábia a decisão da Fiemg de trazer líderes sindicais dos trabalhadores para interagir em projetos que geram empregos”. O presidente Flávio Roscoe colocou a área de atração de investimentos e a Câmara de Alimentos da Fiemg à disposição para encaminhamentos e a gerente de Energia Tânia Mara informou que vê potencial no mercado novo de Biogás e Biometano, que já contam com investimentos importantes em Minas Gerais.

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