No final da tarde desta sexta-feira (05), após a grande repercussão da divulgação de um vídeo onde a família de uma mulher, de 51 anos, que morreu após ser hospitalizada no Hospital Bom Pastor, acusa uma médica plantonista de negligência, a Fundação Hospitalar de Varginha - FHOMUV, mantenedora do hospital, emitiu uma nota de esclarecimento.
De acordo com a nota, a FHOMUV está tomando todas as providências legais cabíveis e realizando a apuração administrativa do caso, observando o contraditório, a ampla defesa e o devido processo legal.
A nota diz ainda que, caso seja comprovada alguma irregularidade no atendimento por parte dos profissionais da unidade, os responsáveis poderão poderá sofrer advertências, suspensões ou demissões do serviço público, além de outras providências nas esferas cível e mesmo criminal.
Na nota, a FHOMUV diz que não compactua com qualquer invasão a um consultório médico, durante atendimento, por parte de quem quer que seja, acusando profissional médica de homicídio.
Veja a nota da FHOMUV na íntegra
NOTA DE ESCLARECIMENTO SOBRE VÍDEO EM QUE SE RELATA O FALECIMENTO DE PACIENTE NAS DEPENDÊNCIAS DO HOSPITAL BOM PASTOR
A Fundação Hospitalar de Varginha - FHOMUV, mantenedora do Hospital Bom Pastor, vem a público promover esclarecimentos em relação o vídeo que circula na internet, gravado no dia de ontem (04/04/2024), onde a família da senhora D.S., a qual faleceu no dia 21/03/2024, nas dependências do Hospital, faz acusações a profissional médica que estava de plantão no dia do óbito.
De início, a FHOMUV e todos os profissionais que ali laboram, reiteram, conforme já fora feito pessoalmente aos familiares, sua solidariedade para com a família e a dor por ela sentida, uma vez que faleceu uma pessoa querida.
Em relação ao fato, a FHOMUV está tomando todas as providências legais cabíveis, promovendo a apuração administrativa do caso, observando o contraditório, a ampla defesa e o devido processo legal.
Se, acaso comprovada qualquer atitude de profissional(s) que não se enquadre nos protocolos hospitalares implementados, medidas diversas serão tomadas, tais como advertências, suspensões ou demissões do serviço público, além de outras providências nas esferas cível e mesmo criminal.
Apesar de tudo isso, a FHOMUV não pode compactuar com qualquer invasão a um consultório médico, durante atendimento, por parte de quem quer que seja, acusando profissional médica de homicídio.
Tal fato é muito grave e, se confirmado após finalizados os procedimentos legais e jurídicos já explicados acima, qualquer profissional que seja eventualmente culpado será devidamente punido.
Em lado contrário, se não se confirmarem tais acusações, aqueles que deram ou derem causa à propagação de acusações infundadas, também responderão nos termos da lei, seja na esfera cível ou criminal.
As redes sociais, embora importantes para a comunicação, não podem se prestar a acusações de qualquer tipo, antecipando julgamentos ou condenações. Para tanto, há que aguardar-se as investigações pertinentes pelos órgãos competentes, como corregedorias administrativas, polícias, Ministério Público e Poder Judiciário e, somente depois disso, se apurada(s) responsabilidade(s), culpar-se quem quer que seja.
Portanto, a FHOMUV não vai abordar questões técnicas inerentes ao atendimento da paciente que, lamentavelmente, veio a óbito, posto que tais questões serão tratadas dentro dos inquéritos e processos instaurados e a instaurar, a fim de que sejam feitas as devidas apurações e responsabilizações, quando for o caso.
Ao final, a FHOMUV e todos os seus colaboradores, uma vez mais, solidarizam-se com a dor da família, esperando que os fatos fiquem totalmente esclarecidos a tempo e modo.
Varginha, 05 de abril de 2024.
Rosana de Paiva Silva Morais
Diretora Geral Hospitalar
Edson Antônio Menegueli
Presidente
