O verão, que ocorre até março de 2024, não será normal devido à atuação do fenômeno El Niño, considerado de forte intensidade, que continuará influenciando o clima no Brasil nos próximos meses.
Durante o verão 2023/2024 um dos efeitos do El Niño são as extremas temperaturas, com um calor fora do normal, embora ondas de calor intensas como as que ocorreram na primavera sejam menos prováveis.
Outro efeito é a alteração na distribuição da chuva. O meteorologista Vinícius Lucyrio, da equipe de previsão climática da Climatempo, explica que o verão será marcado por pancadas de chuva geradas pelo calor e alta umidade, e não por grandes e persistentes áreas de instabilidade. "Estas pancadas de chuva geradas por calor muitas vezes são fortes, o problema é que este tipo de chuva não cai sempre no mesmo local. Então, num dia chove forte em uma cidade e no outro na cidade vizinha, a 50 km de distância", comenta Vinícius.
Além disso, as pancadas de chuvas, como ocorre quando temos uma Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS) que é o sistema responsável por períodos de chuva generalizada e volumosa sobre o Sudeste e o Centro-Oeste, vai ser mais difícil. As projeções iniciais para o verão mostram que o mês mais provável para organização de uma ZCAS será fevereiro de 2024.
Na região Sudeste, a chuva vai depender principalmente do calor, que gera as pancadas de chuva até de forte intensidade, mas que atingem pequenas áreas. Sendo que em casos de passagens de frentes frias pela costa do Sudeste, poderão ajudar a distribuir melhor a chuva.
