Faleceu no último domingo (1°) em Varginha, aos 69 anos, Maria Martins Grecco. Ela deixou os filhos Ana Luiza, João Paulo e Felipe, além de um neto e o viúvo Paulo Greco. O velório foi realizado no Cemitério Parque da Saudade e o sepultamento aconteceu no Cemitério Municipal.
Como cristã, Maria Martins viveu de modo veemente seu compromisso batismal, atuando em diversas pastorais e movimentos. Em carta aberta, o pároco da Paróquia do Mártir São Sebastião, Roberto Nogueira, lamentou a perda e agradeceu a Maria Martins por todo serviço prestado à comunidade. " A comunidade paroquial do Mártir São Sebastião, paróquia que a senhora tanto amou, será sempre grata pelos inúmeros trabalhos que realizou aqui com afinco e amor", enfatizou.
Confira a carta na íntegra:
“Combati o bom combate, completei a corrida, guardei a fé” (II Timóteo, 4).
Com imenso pesar, recebemos a triste notícia do falecimento de d. Maria Martins Grecco. Conheci-a desde que cheguei a este solo varginhense e, ao longo deste tempo, quantas lições pude aprender com o seu jeito simples, sereno. Mulher de uma espiritualidade profunda e com uma busca sincera por santidade.
Sobre ela, poderia descrever muitas coisas, mas confesso-lhes que faltam palavras que exaurem a grandiosidade do que representa para nós. Como cristã, Maria Martins viveu de modo veemente seu compromisso batismal atuando em diversas pastorais e movimentos: Obra dos Santos, Confraria do Santo Anjo da Guarda da Obra dos Santos Anjos, Movimentos de Emaús, Cursilhos, Escola de Pais e outros. Sempre proferia palestras que a todos edificavam com testemunhos de fé de uma profunda pessoa de Deus.
Pessoa Mística e de alma muito pura, devotíssima de Nossa Senhora, rezava o Santo Rosário diariamente e foi certamente na oração que ela encontrou forças e não sucumbiu diante tantas tribulações as quais sempre enfrentou de cabeça erguida. Formada em psicologia, atendia prontamente inúmeros pessoas, inclusive sacerdotes, aliás, nutria de um carinho muito especial por nós, padres. Extremamente caridosa, tinha sempre algo a oferecer aos que a ela acorriam. Além, é claro, de cumprir plenamente seu papel de esposa, mãe e avó.
A fé ilumina a própria existência, dando-lhe um sentido de missão. Quão grande foi a sua fé e como linda foi a sua missão. Que lindo testemunho deixou à Igreja. Agiu como dizia São Francisco aos seus frades: ”Pregai sempre o Evangelho e, se for necessário, também com as palavras”. Penso que o seu maior testemunho foi sua vida coerente.
“A saudade será nossa companheira, por todo o tempo que nos resta aqui neste mundo”. Porém, “a saudade é o amor que fica”. Resta-nos agradecer por tudo o que fez e pelas sementes de bondade que sempre semeou. Para nós, católicos, a vida não é tirada, mas transformada. “Graças a Cristo, a morte cristã tem um sentido positivo… A novidade essencial da morte cristã está nisto: pelo Batismo, o cristão já está sacramentalmente ‘morto em Cristo’, para viver de uma vida nova. Se morrermos na graça de Cristo, a morte física consuma este ‘morrer com Cristo’ e completa, assim, nossa incorporação a ele em seu ato redentor” (CATECISMO DA IGREJA CATÓLICA, n. 1010).
Descanse em paz e daí, no céu, junto de Deus, olhe sempre por nós. Se enquanto esteve entre nós, sempre confiamos na senhora como nossa intercessora, sabemos que fará muito mais aí céus juntos dos anjos. A senhora foi um anjo para nós na terra, agora o será no céu. Parafraseando o poeta, terminamos: "obrigado por ter existido”.
A comunidade paroquial do Mártir São Sebastião, paróquia que a senhora tanto amou, será sempre grata pelos inúmeros trabalhos que realizou aqui com afinco e amor. “A vida é uma peça de teatro que não permite ensaios. Por isso, cante, chore, dance, ria e viva intensamente, antes que a cortina se feche e a peça termine sem aplausos”. Serva fiel. Merecedora de todos os nossos aplausos!
Pe. Roberto
