O Papa Francisco dedicou uma longa mensagem ao Líbano nesta quarta-feira (02), país que, segundo o pontífice, enfrenta um "perigo extremo" e não pode ser "abandonado à própria sorte".
Em sua primeira audiência geral ao ar livre e com público desde o início da pandemia de coronavírus no Vaticano, o Papa pediu aos fiéis do mundo inteiro que participassem de uma "jornada universal de jejum e oração pelo Líbano na próxima sexta-feira (4)", quando completará um mês das explosões no porto de Beirute, que devastaram a capital do país, matando 188 pessoas.
"Um mês depois da tragédia que castigou a cidade de Beirute, penso de novo no querido Líbano e em sua população particularmente colocada à prova", disse o papa, que segurava uma bandeira do país, entregue durante a audiência por um jovem padre maronita (católico-libanês). "Diante dos dramas repetidos que os habitantes desta terra vivem, temos consciência do extremo perigo que ameaça a própria existência do país”, disse o pontífice.
O papa Francisco enviará ao Líbano o seu braço direito e secretário de Estado, o cardeal Pietro Parolin. "Durante 100 anos, o Líbano foi um país de esperança. Nos períodos mais sombrios de sua história, os libaneses mantiveram a sua fé em Deus e demonstraram a capacidade de fazer de sua terra um lugar de tolerância, respeito e coabitação único na região", elogiou Francisco.
"O Líbano, hoje, é mais que um Estado, é uma mensagem de liberdade e um exemplo de pluralismo tanto para o Oriente como para o Ocidente. E pelo bem do país, mas também do mundo, não podemos nos permitir perder este patrimônio", completou.