Irmãs se instalaram na comunidade de Fátima, em 1990, e se mudaram para o Mártir São Sebastião, em 1998
Fundada em 1849, por Maria e Giustina Schiapparoli, em Voghera, na Itália, a Congregação das Irmãs Beneditinas da Divina Providência chegou ao Brasil em 1936. Animadas com o espírito de fé, esperança e caridade missionária, as irmãs semeiam o Carisma da Congregação em busca de novas missionárias.
Em 1990, as irmãs chegaram em Varginha para trabalhar com a catequese. Elas se instalaram na comunidade de Fátima (atual Paróquia de Fátima), que na época pertencia à Paróquia do Divino Espírito Santo, onde trabalhavam como sacristãs e serviam a comunidade.
Três anos mais tarde, as postulantes começaram a chegar para iniciar o processo de formação no município. Em 1998, já sem espaço e estrutura suficiente, as irmãs se transferiram para a Paróquia do Mártir São Sebastião, onde estão até hoje em uma casa situada à Rua Edith R. Foster, 218, no bairro Vila Ipiranga. Lá, as irmãs foram acolhidas pelo Monsenhor Moacir, pároco na época, pois precisavam de um ambiente que favorecesse a formação e reflexão das jovens postulantes.
“A gente acredita muito que a parte espiritual, no acompanhamento dos padres ou na parte de pastoral de catequese, ajuda muito no processo de formação das jovens”, contou a Irmã Clara Rosa de Souza Medeiros, que está à frente do convento.
Compromisso de vida consagrada
A Congregação carrega três apostolados como missão: O Apostolado Educativo, onde a instrução, a educação e a assistência, desde a origem, são os componentes essenciais do apostolado específico da Congregação; o Apostolado Assistencial, onde o serviço da caridade assistencial para com os enfermos, os anciãos, os pequeninos e os pobres constitui objeto de um atento apostolado da Congregação, conforme o espírito das Fundadoras; e o Apostolado da Pastoral, catequético, que a irmã deve senti-lo como primeiro e fundamental compromisso da sua vida consagrada.
Varginha foi escolhida para receber a casa das irmãs em formação, pois é um lugar estratégico entre Belo Horizonte, São Paulo e Rio de Janeiro. As irmãs levam em torno de nove anos para conseguirem realizar os votos perpétuos, que são para toda a vida.
Presentes em 15 países, as irmãs buscam a vida ativa na sociedade, equilibrando a oração e o trabalho das irmãs à comunidade. As irmãs trabalham com escolas, abrigos, obras sociais e pastorais, principalmente com crianças e jovens.
“Nós buscamos, enquanto irmãs, o equilíbrio, entre a dimensão da oração e a dimensão do trabalho, mas atualizado na sociedade. Temos toda herança espiritual nos mosteiros, uma liturgia muito forte, mas nós não vivemos como monjas, vivemos na sociedade, com o trabalho que aprendemos na vida religiosa”, completou a Irmã Clara.
Atividades realizadas em Varginha
Entre as atividades realizadas na Paróquia do Mártir, as irmãs prestam colaboração na liturgia e na catequese. Já na Paróquia Cristo Luz dos Povos, que foi desmembrada na Paróquia do Mártir há alguns anos, as irmãs também estão presentes em um projeto que ajuda famílias em situações de vulnerabilidade.
“A gente ajuda na questão de arrecadar cestas básicas, ajudar famílias, assistir algumas adolescentes que passam por situações de gravidez, situações de famílias em obras. Tem muito essa questão das campanhas fortes, de ajuda mesmo às famílias carentes, um trabalho mais social”, afirmou.
As irmãs ajudam também na catequese na comunidade Epifania do Senhor, no bairro Carvalhos, além de palestras, encontros realizados nas comunidades das duas paróquias.
“Esse trabalho junto ao povo me ajuda, como religiosa, a vivenciar muito integralmente a minha vocação. De estar no meio das pessoas, aprender, ouvir”, enfatizou a irmã.
Como conhecer a espiritualidade
Assim como os jovens que estudam para o Sacerdócio no Seminário, as meninas que despertarem a vocação para a vida consagrada, também passam por várias etapas até se tornarem religiosas/irmãs. Elas conhecem toda a Congregação, o estilo de vida das irmãs, o carisma e as que se interessarem, deverão passar ainda por um processo de adaptação.
“As meninas que manifestam o desejo de nos conhecer, de aprofundar um pouco mais a vocação, de fazer esse discernimento, elas começam esse processo externo, os acompanhamentos vocacionais, geralmente nas paróquias de origem”, explicou a Irmã Clara.
As irmãs possuem os grupos vocacionais nas paróquias, mas por conta da pandemia, os encontros estão parados. Entretanto, as irmãs buscam realizar encontros para despertar o interesse das jovens e depois trabalham individualmente com encontros mensais com as meninas que buscam o discernimento.
As meninas que quiserem conhecer mais sobre a Congregação, deverão entrar em contato com a Irmã Clara pelo telefone (35) 98414-8142 .
