No início do mês 05/2025, o Índice da Cesta Básica de Pouso Alegre registrou uma tênue queda de -0,76% em comparação com o mês 04/2025. Apesar da leve retração mensal, a cesta acumula uma alta significativa de 11,36% quando comparada ao mesmo período do ano anterior, em 05/2024. Entre os produtos que impulsionaram os preços para cima, destacam-se a batata, a banana, o café em pó e o feijão carioquinha. Por outro lado, tomate, arroz e farinha de trigo apresentaram as maiores reduções.
A pesquisa, conduzida pelo Instituto Federal do Sul de Minas (Campus Carmo de Minas) e pelo Departamento de Pesquisa do Unis em Pouso Alegre, com o apoio do GEESUL, coleta semanalmente os preços de 13 produtos da cesta básica nacional de alimentos nos principais supermercados da cidade.
Durante a primeira semana de 05/2025, o valor médio da cesta básica para o sustento de uma pessoa adulta em Pouso Alegre foi de R$721,60. Este montante representa 51,39% do salário mínimo líquido (considerando o desconto do INSS). Para adquirir esta cesta, um trabalhador que recebe um salário mínimo mensal precisa dedicar 104 horas e 35 minutos de seu trabalho. Em relação à linha de corte da pobreza, estabelecida em R$218,00 de renda mensal per capita, o custo da cesta básica em Pouso Alegre é 3,31 vezes superior.
Comparativamente, segundo dados do DIEESE, a capital com a cesta básica mais cara no país é São Paulo, com R$909,25, enquanto o menor valor é encontrado em Aracaju, R$579,93. Em Belo Horizonte, o custo médio é de R$752,60. Em outras cidades da região pesquisadas pela parceria IF Sul de Minas e Grupo Unis, Varginha apresentou um custo de R$698,42 e Carmo de Minas R$717,59.
Analisando a variação entre 04/2025 e 05/2025 em Pouso Alegre, oito dos treze produtos da cesta tiveram alta nos preços médios: Batata (40,85%), Banana (17,74%), Café em pó (6,39%), Feijão carioquinha (4,40%), Leite Integral (1,28%), Carne bovina (0,72%), Manteiga (0,16%) e Óleo de soja (0,14%).
O resultado de 05/2025 em Pouso Alegre confirmou parcialmente as previsões dos pesquisadores, que esperavam uma queda mais acentuada no índice, a exemplo do que ocorreu em Varginha e Carmo de Minas, onde os recuos foram maiores. A dinâmica da oferta dos produtos alimentícios continua sendo o principal fator explicativo para o comportamento dos preços nos locais pesquisados.
Para o próximo mês, 06/2025, as previsões apontam para a continuidade na queda do valor da cesta. Essa expectativa baseia-se na provável intensificação da safra de inverno dos produtos hortifrutigranjeiros e na melhoria da oferta e previsibilidade de produção para itens como café, arroz e feijão carioquinha. No entanto, há também a possibilidade de alta em produtos como carne bovina, óleo de soja e farinha de trigo, o que pode limitar o recuo no índice geral.