Nesta quarta-feira (7), os olhos do mundo se voltam para o Vaticano, onde se inicia o conclave que elegerá o novo líder da Igreja Católica. A partir das 16h30, horário local (11h30 em Brasília), os cardeais eleitores se reunirão na Capela Sistina para dar início ao processo de votação. A expectativa é alta para a primeira fumaça, prevista para as 19h em Roma (14h em Brasília), que indicará o resultado da rodada inicial.
O conclave, realizado a portas fechadas, reúne 133 cardeais com menos de 80 anos, os únicos com direito a voto. O futuro Papa será eleito por maioria de dois terços, ou seja, 89 votos. Os cardeais estão hospedados na Casa Santa Marta e seguirão para a Capela Sistina, onde o futuro de mais de um bilhão de católicos será decidido.
Entre os favoritos, destaca-se o brasileiro Dom Sergio da Rocha, arcebispo de Salvador, citado pela imprensa francesa como um dos possíveis sucessores. Além dele, outros seis cardeais brasileiros participam do conclave: Dom Odilo Pedro Scherer (São Paulo), Dom João Braz de Aviz (emérito de Brasília), Dom Orani João Tempesta (Rio de Janeiro), Dom Paulo Cezar Costa (Brasília), Dom Leonardo Ulrich Steiner (Manaus) e Dom Jaime Spengler (Porto Alegre). O Cardeal Dom Raymundo Damasceno Assis, arcebispo emérito de Aparecida (SP), não participa por ter 88 anos.
O processo de votação prevê até quatro votações diárias, com a fumaça da Capela Sistina indicando o resultado. A fumaça branca sinalizará a eleição do novo Papa. Os cardeais estão em reclusão total, sem contato com o exterior, e o Vaticano bloqueou sinais de celular e internet. Todos os participantes fizeram juramento de sigilo absoluto.
Caso não haja eleição nos primeiros três dias, haverá pausas para oração. Se após 34 rodadas não houver consenso, os dois cardeais mais votados disputarão um "segundo turno". A eleição do novo Papa será anunciada pela fumaça branca, seguida da apresentação do novo líder na sacada da Basílica de São Pedro.