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Pesquisadores da UNIFAL-MG figuram entre os cientistas mais influentes do mundo

Com assessoria | 02/11/2023 - 19:03:23
Cláudio Viegas Júnior (Instituto de Química) e Olga Luisa Tavano (Faculdade de Nutrição) (Foto: Divulgação)

Cláudio Viegas Júnior (Instituto de Química) e Olga Luisa Tavano (Faculdade de Nutrição) estão no ranking 2023 elaborado pela Universidade de Stanford em parceria com a editora Elsevier

Dois pesquisadores da UNIFAL-MG foram elencados entre os cientistas mais influentes do mundo em suas áreas de atuação: o professor Cláudio Viegas Júnior, do Instituto de Química (IQ); e a professora Olga Luisa Tavano, da Faculdade de Nutrição (FANUT). Ambos estão na lista de 2023, divulgada no mês de outubro, pela Universidade de Stanford (Estados Unidos), em parceria com a editora holandesa Elsevier BV.
Publicado anualmente, o levantamento avalia o impacto e a relevância dos pesquisadores e dos trabalhos científicos, reunindo o grupo de 2% dos cientistas mais influentes do mundo. O ranking analisa as citações da base de dados Scopus — a maior base de dados de resumos e citações de literatura revisadas por pares. O resultado é separado em duas perspectivas: uma em que avalia os profissionais pelo impacto de citações ao longo da carreira, e a outra, por referências no período do último ano.
Cláudio Viegas Júnior aparece na lista referente aos pesquisadores mais influentes, quando se avalia o impacto das pesquisas durante toda a carreira acadêmica. Nos anos de 2021 e 2022, o professor já havia aparecido na mesma lista e também entre os mais citados no último ano, que na atualização com dados de 2022, nessa edição 2023 aparece também a professora Olga Luisa Tavano. A docente é a primeira pesquisadora mulher da UNIFAL-MG a entrar no ranking, figurando entre as poucas pesquisadoras brasileiras que aparecem na lista.
“Para a UNIFAL-MG ter dois pesquisadores citados entre os mais influentes do mundo é muito significativo porque além de ser um reconhecimento da qualidade das pesquisas desenvolvidas por eles na Universidade, também impacta na visibilidade da UNIFAL-MG internacionalmente”, comenta o pró-reitor adjunto de Pesquisa e Pós-Graduação, o professor Luiz Felipe Leomil Coelho. “O resultado comprova a excelência e o impacto da produção acadêmica da nossa Universidade ao mesmo tempo em que ressalta a importância da ciência produzida em nossa Instituição”, acrescentou.
A lista reúne 210.198 nomes, entre os quais aparecem 1.294 pesquisadores brasileiros, representando 0,61% do total, o que posiciona o Brasil na 25ª colocação mundial.

Quem são os pesquisadores da UNIFAL-MG no levantamento


Prof. Cláudio Viegas Júnior (Instituto de Química) aparece no ranking pela terceira vez consecutiva. (Foto: Arquivo Pessoal)
O professor Cláudio Viegas Júnior é graduado em Química Industrial, mestre em Química na área de Síntese Orgânica, doutor em Química na área de Química de Produtos Naturais/Química Medicinal e pós-doutor em Química Medicinal. É professor no Instituto de Química da UNIFAL-MG, atuando na graduação dos cursos de Farmácia, Biotecnologia e Bacharelado em Química e na pós-graduação dos programas de Ciências Farmacêuticas e Química.
Também é o coordenador científico do Laboratório de Pesquisa em Química Medicinal (PeQuiM), desenvolvendo pesquisas na área de Química Medicinal, com foco no planejamento, na síntese e na avaliação farmacológica de novos candidatos a fármacos analgésicos, anti-inflamatórios, antimicrobianos, antiparasitários, antiproliferativos, neuroativos e contra a covid-19 e anti-SARS-COV-2.
É líder do grupo de pesquisa “Planejamento, síntese, bioprospecção e caracterização de substâncias bioativas”, o qual visa identificar novos ligantes com modo de ação multialvo, numa estratégia recente e inovadora de busca por novas entidades químicas contra doenças crônicas, neurodegenerativas, inflamatórias e distúrbios psíquicos.
Cláudio Viegas Júnior é autor e coautor de mais de 80 artigos científicos, quatro capítulos de livros, mais de 100 trabalhos e resumos em anais de eventos científicos, quatro patentes sob registro nacional e internacional (PCT), com três concessões nacionais e três internacionais.
Ao comentar o que representa para sua carreira figurar no ranking mundial em um grupo seleto de pesquisadores pela terceira vez consecutiva, o professor disse ser uma “grata surpresa” e uma “enorme honra”. “Confesso que, diante das dificuldades que experimentamos no dia a dia, com todo o tipo de carências em termos de recursos e infraestrutura, além de uma carga enorme de atividades administrativas, conseguir ser competitivo no contexto científico mundial ainda me surpreende”, compartilhou.
“Confesso que, diante das dificuldades que experimentamos no dia a dia, com todo o tipo de carências em termos de recursos e infraestrutura, além de uma carga enorme de atividades administrativas, conseguir ser competitivo no contexto científico mundial ainda me surpreende”, compartilhou o professor Cláudio Viegas.
Segundo ele, o reconhecimento mostra o quanto os pesquisadores brasileiros são capazes, uma vez que vários outros pesquisadores, sobretudo de instituições públicas de ensino e pesquisa, têm se destacado no mesmo levantamento, o que, para o professor, reforça a capacidade inventiva, criativa dos brasileiros na geração de conhecimento novo, abertura de horizontes e contribuição ao desenvolvimento científico mundial. “É digno de nota que a profissão de cientista não existe regulamentada no Brasil, o que torna nossa militância um ato de puro amor e dedicação à ciência e ao saber, na maioria das vezes invisíveis e com pouco reconhecimento governamental e social. Entretanto, o trabalho precisa ser feito, e bem feito, trazendo inspiração e segurança às novas gerações, fortalecendo nossa resiliência e nossa capacidade de criar soluções aos problemas e desafios que nos mantêm em estado de alerta permanente, em todos os segmentos humanos e tecnológicos”, comentou.
“Pessoalmente, estar nesta seleta lista é, sobretudo, motivo de agradecimento a todos que trilharam e trilham este caminho ao meu lado, dos mestres e exemplos que tive e que me inspiraram, despertaram a vocação científica, que me ensinaram a trabalhar de forma ética, focada e resiliente, aos inúmeros colegas, gestores, parceiros e estudantes, brasileiros e estrangeiros, que acreditaram e acreditam em nossas ideias, que se deixam levar pelos caminhos do ainda desconhecido, e que continuam apostando que desta união em prol da ciência, podemos escrever algo diferente. E seguimos em frente, sempre”, finalizou.
A professora Olga Luisa Tavano é graduada em Farmácia Bioquímica (modalidade de Alimentos), mestre. em Alimentos e Nutrição, e doutora em Biotecnologia, com parte do doutoramento realizado no Laboratório de Biocatálisis/ICP, do Consejo Superior de Investigaciones Cientificas/ Madrid/ Espanha. É professora da Faculdade de Nutrição da UNIFAL-MG, sendo atualmente coordenadora do Programa de Pós-Graduação em Nutrição e Longevidade da Universidade. Atualmente integra a equipe de pesquisadores do projeto Rede para Elaboração de Produtos Alimentícios a partir de Subprodutos dos Sistemas Alimentares do Sul de Minas Gerais (REPASSA), cujo principal objetivo é a promoção da saúde, a partir da redução da insegurança alimentar, do desperdício e do desenvolvimento sustentável dos sistemas alimentares do Sul de Minas.

Profa. Olga Luisa Tavano (Faculdade de Nutrição) aparece na lista entre os pesquisadores mais citados no ano de 2022. (Foto: Arquivo Pessoal)
Entre os projetos de pesquisa em andamento, a professora desenvolve o estudo “Proteínas de leguminosas para promoção da longevidade humana: avaliações nutricionais e nutracêuticas”, junto ao grupo de pesquisa “ProtHea – Research Group on Proteins for Health Promotion”. Tal projeto inclui etapa de pesquisa de consumo alimentar, entre adultos e em particular idosos, para levantamento de quantidade e formas de consumo; e avaliação da qualidade das preparações citadas e participação das leguminosas na dieta, como avaliação de perfil de aminoácidos e dosagens de inibidores de proteases.
Olga Tavano é autora e coautora de cerca de 50 artigos científicos, dois capítulos de livros e de mais de 60 trabalhos e resumos em anais de eventos científicos.
Conforme a pesquisadora, a notícia que havia sido elencada no ranking não era esperada, o que tornou a informação mais surpreendente. “Tive a alegria de receber a notícia do meu querido amigo e respeitadíssimo pesquisador, o professor Adriano Aguiar Mendes (Instituto de Química), e me surpreendi, foi bastante inesperado”, conta. “Mas depois foi interessante dar atenção à forma como eles traçam essa métrica, pois confesso que me frustra ver essa corrida por número de publicações, onde muitas vezes o quantitativo se sobressai à qualidade do que se publica”, complementa.
Em sua análise sobre os critérios do levantamento, a professora destaca que chamou a atenção o fato de a classificação considerar os trabalhos individuais dos pesquisasores. “Sempre nos sentimos honrados com esses reconhecimentos recebidos, mas particularmente gostei de perceber a valorização dada ao trabalho individual, por exemplo. Não sei se todos conhecem a métrica, mas um dos pontos que pesaram foram as citações em trabalhos científicos de autoria única. Além dos de primeiro e último autor”, disse.
“Fico feliz de representar nesse ranking a UNIFAL-MG, a Faculdade de Nutrição (FANUT), o Programa de Pós-Graduação em Nutrição e Longevidade (PPGNL) e nosso querido ProtHea (Research Group on Proteins for Health Promotion), pois certamente os artigos valorizados foram aqueles que representam a essência desse nosso grupo de pesquisa”, compartilhou.
“Tive a alegria de receber a notícia e me surpreendi, foi bastante inesperado. Mas depois foi interessante dar atenção à forma como eles traçam essa métrica, pois confesso que me frustra ver essa corrida por número de publicações, onde muitas vezes o quantitativo se sobressai à qualidade do que se publica”, comentou a professora Olga Tavano.
Em sua visão, um pesquisador não deve trabalhar visando alcançar indicações como essa, proporcionada pelo ranking desenvolvido pela Universidade de Stanford, em parceria com a editora Elsevier. “O importante é colocar o coração no caminho que se tem”, afirma, acrescentando: “Isso sempre nos repete o professor Sinézio (Faculdade de Ciências Farmacêuticas), meu companheiro, e um dos primeiros pesquisadores que conheci e me inspiraram nessa trajetória que depende de muita dedicação e um tanto de sorte de encontrar pessoas inspiradoras e que nos ensinem a levar com seriedade o trabalho, em especial o nosso, servidores públicos, pagos pelo povo brasileiro.”
Lembrando os professores com quem conviveu ao longo de sua carreira, a professora Olga Tavano fala que teve sorte por encontrar os orientadores com quem conviveu e por trabalhar com o que gosta. “Essa sorte eu tive, como na figura dos orientadores, professor Valdir Augusto Neves e professor Rubens Monti (UNESP-FCFAr), e professor Roberto Fernandez-Lafuente (ICP/CSIC/Espanha). Levo muito a sério o que faço e respeito muito quem me paga. E tive sorte: hoje trabalho com o que eu gosto e com quem eu gosto e principalmente respeito, por igualmente respeitarem o trabalho sério e honesto, e esse ranking veio me indicar que estou num bom caminho”, resume sua trajetória.
Para acessar a lista completa do ranking, acesse neste link a base de dados publicada.
 

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