Nesta quarta-feira (10), o Ministério Público deflagrou uma operação de combate a facções criminosas, tráfico de drogas, lavagem de dinheiro e crimes correlatos. A ação acontece em de forma simultânea em 13 estados, inclusive no Sul de Minas Gerais, por meio do Grupo Nacional de Combate às Organizações Criminosas (GNCOC), com o apoio das polícias civil, militar, penal e rodoviária federal.
O objetivo da ação é desarticular organizações criminosas violentas que atuam nas ruas e nos sistemas prisionais, efetuar as prisões de seus integrantes e coletar provas das práticas delituosas detectadas em investigações realizadas no âmbito do Ministério Público brasileiro. Estão sendo cumpridos 228 mandados de prisão e 223 mandados de busca e apreensão.
Em Minas Gerais, três operações são cumpridas referentes ao Estado . Sendo a operação "Escritório do Crime", destinada a desmantelar organização e associações criminosas atuantes em Campo Belo e outras cidades de Minas Gerais, dedicadas ao tráfico de drogas e seu financiamento, tortura, receptação qualificada e tráfico de armas. A ação foi deflagrada pelo Gaeco de Varginha e pela 2ª Promotoria de Justiça de Campo Belo. Estão sendo cumpridos 34 mandados judiciais nas cidades de Campo Belo, Uberlândia, Divinópolis, Santana do Jacaré e Natal, no Rio Grande do Norte.
Durante as investigações, que duraram cerca de oito meses, foi apurada a crescente atuação do líder do PCC na cidade, responsável pela organização de planos de vingança e pela articulação de uma série de ações criminosas, dentre elas tráfico de drogas e seu financiamento, sequestro, receptação de carros clonados e tráfico de armas.
Já a operação "Quebrando a Banca", é para desarticular organização criminosa que, há mais de três décadas, realiza o “jogo do bicho”, na cidade de Patos de Minas, além dos crimes de ocultação de bens, contra a ordem administrativa militar, direitos e valores, e peculato. Estão sendo cumpridos três mandados de prisão e 64 de busca e apreensão em Uberlândia e Patos de Minas. Além de dois mandados de busca e apreensão em São Paulo e Santana do Parnaíba, e um mandado de busca e apreensão em Porto Alegre.
Foto: Divulgação/MP
As investigações apontaram que a organização arrecadava grandes quantias de dinheiro e tentava conferir licitude a tais rendimentos por meio de crimes de lavagem de bens, direitos e valores.
A operação "Cascavel", visa desarticular organização criminosa do Paraná, especializada em tráfico interestadual de drogas e lavagem de valores, com atuação na capital e cidades do interior de Minas Gerais. São cumpridos sete mandados de prisão temporária, sete de busca e apreensão e dois de sequestro de veículos em cidades do Paraná.Segundo as investigações, a organização foi responsável pela remessa de milhares de quilos de maconha e cocaína para Minas Gerais. Utilizando rotas que dificultavam a fiscalização policial, bem como realizava o transporte das substâncias entorpecentes em carros de luxo e clonados, que vinham escoltados, para dificultar a ação das forças de segurança pública.
