O Ministério Público do Trabalho (MPT) da circunscrição de Varginha recebeu 14 denúncias de assédios eleitorais que estariam sendo praticados contra funcionários de empresas em cidades da região. Do total de denúncias, 13 estão ativas e em apuração e uma teve um inquérito civil aberto. As cidades onde foram registrados os casos foram em Três Pontas, Passos e São Thomé das Letras.
Em Minas Gerais, entre 23 de setembro e 11 de outubro, foram abertos pelo menos 30 procedimentos administrativos para investigar esse tipo de denúncia. As situações de coação são descritas em diversos setores econômicos, como comércio varejista de alimentos, roupas, calçados, área da saúde, indústria e administração pública municipal.
"O assédio eleitoral no trabalho é a prática de coação, intimidação, ameaça, humilhação ou constrangimento no intuito de influenciar ou manipular o voto, a manifestação política, o apoio dos trabalhadores no local de trabalho ou em situações relacionadas ao trabalho. Ele pode ser identificado pelo trabalhador, tanto em situações de ameaças de desempregos ou retaliações no trabalho, quanto também na promessa do pagamento de um bônus, de um salário", informou a Procuradora Regional do Trabalho e coordenadora nacional de Promoção da Igualdade de Oportunidades e Eliminação da Discriminação no Trabalho, Adriane Reis de Araújo.