As pautas políticas presentes nos discursos de candidatos a cargos executivos, principalmente nas disputas presidenciais, têm envolvido, em grande medida, a necessidade da erradicação da desigualdade de riquezas entre os indivíduos que compõem determinada sociedade, porém, se olhado pelo lado tecnológico e empreendedor, é possível afirmar que aqueles que se tornaram ricos, fizeram isto sem prejudicar quaisquer pessoas, mas sim buscando alternativas para criar e executar projetos inovadores como, por exemplo, o Steve Jobs ao criar a Apple com o objetivo de inovar os aparelhos celulares, em primeira instância, desde o software ao design que tornassem o aparelho mais confortável para manuseio. Segundo Thomas Sowell (2019), ao falar sobre a desigualdade, ele enfatiza que, na árdua tentativa de alterar o quadro irremediável da pobreza, os processos praticados acabam gerando outras desigualdade, como a escolha do tratamento preferencial para determinados grupos étnicos classificados de acordo com o nível de injustiça sofrido durante a história, que resultam na criação de subgrupos de assim em diante o que, posteriormente, iria acabar indo contra o sentido de “disputar” uma vaga, uma promoção e outros.
Segundo Sowell (2019) estas análises sobre o que estes ricos fizeram de inovador na humanidade e a forma como conquistaram essas riquezas deveriam ser feitas antes de quaisquer posicionamentos favoráveis/desfavoráveis, especialmente com relação às ideologias que tentam rotular determinada ação governamental como “justa”, afinal, os benefícios da inovação auferidos pelo público são muito maiores que os lucros capturados pelos inovadores (CONARD, 2016) e isto é possível enxergar ao falar sobre o uso das redes sociais como whatsapp, instagram e o facebook, que são ferramentas utilizadas para alavancar os empreendimentos através do marketing digital, o que seria dessas negócios sem essas redes? Sem a área global que essas conseguem atingir? Este questionamento torna urgente que os críticos deste pensamento passem a ver o lado positivo da desigualdade, pois a genuína preocupação não tem de ser com a pobreza relativa, mas sim com a pobreza absoluta (TAMNY, 2021).
O objetivo desta pesquisa, a partir desta constatação, é explicar o porquê das políticas, que visam acabar com a desigualdade de riquezas, não contribuem com a erradicação da pobreza, mas sim com a criação de mais desigualdade e menosprezo dos grupos priorizados, enquanto apontam como causa, aqueles de visão restrita, os ricos.
O texto está organizado em quatro seções. A segunda seção é responsável por explicar sobre a desigualdade de riquezas e sua forma de ocorrência. Em seguida, a terceira seção apresenta o porquê dessas políticas serem negativas para a população, tanto no quesito social quanto na maximização dessas inovações no campo tecnológico e econômico. Por fim, a quarta seção tem o seu espaço para as considerações finais.
Referências
CONARD, E. The Upside of Inequality: How Good Intentions Undermine the Middle Class. Portfólio, 2016
SOWELL, T. Discriminações e Disparidades. Rio de Janeiro: Record, 2019.
TAMNY, J. Como a desigualdade de riqueza acaba reduzindo a pobreza. Mises Brasil, 2021. Disponível em: https://www.mises.org.br/article/2764/como-a-desigualdade-de-riqueza-acaba-reduzindo-a-pobreza Acesso em: 27 de ago de 2021.
Por Felipe Silva Borges
