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MP deflagra operação para combater esquema de corrupção no presídio de Varginha; diretores, policiais penais, advogados e empresário estão envolvidos

Da redação | 14/03/2022 - 09:07:35
(Foto: Divulgação)

Atualizado em 14/03/2022 - 17h45

O Ministério Público de Minas Gerais deflagrou na manhã desta segunda-feira (14) uma operação para desmantelar uma organização criminosa que atuava dentro do presídio de Varginha. Segundo o Ministério Público, diretores do presídio, policiais penais, advogados e intermediários participavam da organização criminosa, que praticava corrupção passiva, receptação e embaraço às investigações.

A operação “Penitência” foi realizada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado - GAECO, núcleo Varginha, em conjunto com a Promotora de Justiça da 7ª Promotoria de Justiça da Comarca de Varginha, o Departamento Penitenciário de Minas Gerais, a Polícia Militar e a Polícia Civil. Foram cumpridos 12 mandados de busca e apreensão, cinco mandados de prisão preventiva e um de prisão temporária contra os investigados.

Segundo as investigações, policiais penais cobravam propinas dos presos para os mais diversos fins, dentre eles transferências ou permanência na unidade local (onde o regime semiaberto é domiciliar), obtenção de trabalho externo ou interno e outros confortos. Advogados e particulares seriam intermediários das propinas.

"Foi verificado que mediante pagamento de propina, os indivíduos privados de liberdade conseguiam transferências para o presídio de Varginha, conseguiam permanência no presídio de Varginha, conseguiam lograr trabalho externo ou interno, bem como outros benefícios dentro do sistema prisional. Se apurou também que alguns advogados, até aqui neste momento um advogado segundo apurado, fazia a intermediação dessa propina, assim também como um empresário, era responsável por fazer o elo entre os policiais penais e essas pessoas que estavam fazendo os pagamentos dessas vantagens", disse o coordenador do Gaeco de Varginha, promotor Igor Serrano.
As investigações apontaram que os valores cobrados dos detentos pelos envolvidos, chegavam a R$ 15 mil.
"Há informações que as transferências tinham preços variados, por volta de R$ 15 mil, o trabalho externo também tinha preço variado, em alguns casos R$ 5 mil, em alguns casos R$ 8 mil. Se sabia desde logo da existência desse esquema, os participantes eram os próprios presos, isso foi uma coisa apurada durante a investigação que os presos eram cientes que isso acontecia há muito tempo e falam inclusive sobre isso abertamente, de que para se obter trabalho externo, eles têm que pagar, que para obter uma transferência, eles têm que pagar. Então sabedores disso, de que há um esquema, esses intermediadores pegavam o dinheiro a partir da solicitação dos diretores e policiais penais e encaminhavam exatamente para as pessoas líderes da organização criminosa, que eram exatamente os servidores públicos", disse Igor Serrano.
Sobre a prisão dos investigados, o promotor Igor Serrano explicou que durante as investigações ficou provado que os acusados estão interferindo negativamente nas investigações. Segundo o promotor, eles estavam destruindo provas e se comunicando entre si para combinarem versões.
O Ministério Público informou que as investigações continuam. Ainda de acordo com o MP, foi oferecida denúncia contra seis pessoas pela prática de 11 crimes. Uma outra denúncia já havia sido feita contra duas pessoas pela prática de seis crimes.
 
 

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