A famosa pirâmide do parque Antônio Rosa, em São Tomé das Letras, foi colocada a venda através de uma imobiliária e gerou revolta de moradores e turistas nesta semana. O local, que é um dos principais pontos turísticos da cidade, é tombado como patrimônio histórico e está localizado em uma região particular.
Nesta quinta-feira (04), moradores foram até o local e realizam um protesto, com faixas e cartazes, para pedir que a pirâmide seja desapropriada pela prefeitura. Ela foi construída há 40 anos e é de propriedade de uma pessoa do Estado de São Paulo. Já o parque Antônio Rosa é de propriedade do município e tem 111 hectares.
O anuncio sobre a venda foi feito por uma imobiliária de Três Corações, nessa quarta-feira (03), pelo valor de R$ 1,2 milhão. A pirâmide começou a ser construída em 1978 e ficou pronta na década de 1980. Atualmente é livre para visitação.
“Não tem algo mais simbólico na cidade do que a pirâmide. Assim que ficamos sabendo da notícia, uma mobilização foi feita nas redes sociais. O local tem mais de 40 anos e foi tombado há cerca de 18. O dono nunca tomou posse. O objetivo foi pressionar a prefeitura para que a pirâmide continue sendo do público e mostrar a algum interessado, na possível compra, que os moradores não estão de acordo. Por isso, vamos fazer outra manifestação no sábado (06/02) durante o pôr-do-sol”, disse uma moradora em entrevista ao Estado de Minas.
Em nota, a Prefeitura Municipal de São Tomé das Letras esclareceu o caso. “Informo a todos, que já tem um tempo que tenho tentado negociar com o proprietário a compra do imóvel pelo poder público. Apesar de ser tombada como Patrimônio Paisagístico, é um imóvel particular. O dono tem a escritura. É interesse do município adquiri-la, sim”, afirmou o prefeito Tomé Reis Alvarenga. ''Já temos uma nova reunião agendada com o proprietário, onde pretendemos, finalmente, resolver a situação”, completou.