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Jogador varginhense com passagens pelo Palmeiras, volta a região atuando pelo Brasiliense; atleta é peça fundamental no time do DF

Vinícius Ramos / Varginha Online | 26/11/2020 - 11:59:35
Atleta varginhense hoje atua no Brasiliense-DF (Foto: Divulgação/Redes Sociais)

Nesta sexta (27), a Caldense recebe o Brasiliense-DF, em Poços de Caldas (MG) para a disputa da última rodada da primeira fase da Série D do Campeonato Brasileiro de 2020. O time do Distrito Federal vem ao Sul de Minas com um atleta que conhece bem a região e que se diz muito contente por ter essa oportunidade atuando profissionalmente.

O volante Bruno Lima , de 28 anos, nasceu em Varginha (MG) e é mais um atleta que representa muito bem a cidade. Foi revelado pela Portuguesa, tem passagens por Palmeiras, Santa Cruz, Mogi Mirim, Juventude, XV de Piracicaba e hoje defende as cores do “Jacaré”. 
“Já joguei bastante na região, já joguei pela série B em Varginha, tive a felicidade de ver meu pai e minha mãe me ver jogar, que era um sonho que eu tinha. Então é bem legal voltar na região para jogar”, disse o jogador. 

Infância em Varginha 

O garoto Bruno Felipe Lima Teixeira foi criado na Vila Registanea e desde pequeno já fazia questão de participar de escolinhas de futebol. Na cidade, fez parte de vários projetos e por onde passava já era reconhecido, por isso, o chamavam de “fominha”, por estar sempre jogando, independentemente do lugar.
 “Joguei no VEC (Varginha Esporte Clube), joguei no VTC (Varginha Tênis Clube), no Flamenguinho, no Corinthians de Varginha, sempre onde tinha futebol eu estava indo. Então já estava no meu dia-a-dia essa questão de futebol, eu gostava muito”, lembra o atleta. 
Os pais, o senhor Jomar José Tadeu Teixeira e a senhora Maria da Glória Lima, contribuíram muito na formação do jogador e não mediram esforços para o desenvolvimento de Bruno. Os dois estavam sempre atentos e presentes em todos os passos promissores do menino. 

Bruno junto a equipe do VEC - Varginha Esporte Clube, em 2005. Foto: Arquivo Pessoal

 As primeiras oportunidades 

Uma das primeiras oportunidades do atleta surgiu na casa dos patrões da mãe, o senhor Oswaldo Caranzano Braga e a senhora Maria Clara Peloso Braga. O garoto costumava jogar na quadra da casa com o irmão e isso despertou uma ideia na cabeça do dono da casa.
 O senhor Oswaldo viu habilidades no menino e decidiu entrar em contato com um amigo proprietário de um clube, em busca de uma oportunidade no time. O amigo era o ex-zagueiro Oscar Bernardi, ídolo do São Paulo e capitão da Seleção Brasileira na Copa de 1982. 
Oscar é dono do Brasilis FC, em Águas de Lindóia (SP) e deu a oportunidade ao garoto varginhense, que ficou no centro de treinamento por uma semana. Bruno se destacou, teve bons resultados nos testes e logo foi integrado às categorias de base do clube. 
Oscar então passou a ser empresário de Bruno e levou o garoto às categorias de base do Corinthians. No time, ficou por um ano, mas acabou não se firmando e voltou ao Brasilis FC, nada que desanimasse o atleta, que ainda tinha grandes objetivos no futebol.

 A profissionalização 

Em 2011, Bruno chegou para o sub-20 da Portuguesa, no mesmo ano subiu aos profissionais e foi onde conquistou o primeiro título nacional: a Série B daquele ano. Pela Lusa, pôde atuar pela primeira vez na elite do brasileiro e foi campeão da série A2 do Paulista em 2013. 
Quando estreou pelo profissional, Bruno se lembrou com carinho de um pedido feito pelo senhor Oswaldo: a camisa que usasse na primeira partida como profissional. Infelizmente, Oswaldo faleceu antes deste momento chegar, mas Bruno atendeu ao pedido e entregou a camisa, com muita gratidão, à senhora Maria Clara, viúva de Oswaldo.
 Com boas atuações, surgiram interesses de outros clubes e em 2014 firmou a transferência para o Palmeiras. Bruno era considerado revelação e assinou contrato de 4 anos, o que deixou o atleta entusiasmado em atuar em um grande clube do país e time do coração da mãe. 
No Verdão, Bruno teve a oportunidade de jogar ao lado de grandes craques, como do chileno Valdívia e do experiente zagueiro Lúcio. Bruninho, como era chamado, também foi o autor do simbólico primeiro gol do Allianz Parque em um treino, então novo estádio do Palmeiras. 
“É um dos maiores clubes do país e minha mãe é palmeirense (risos). Eu já estava em um clube bom, mas você se transferir para o Palmeiras com um contrato longo de 4 anos, foi um sonho realizado, uma oportunidade que tive e sou grato ao Palmeiras até hoje”, disse.
 
Varginhense Bruno Lima quando atuava pelo Palmeiras. Foto: Cesar Greco/Ag Palmeiras/Divulgação

 O drama das lesões e os empréstimos

 Enquanto estava no Palmeiras, Bruno teve três lesões musculares seguidas que o tiraram dos gramados por um tempo considerável. Com isso, o atleta foi emprestado a outros clubes para que ganhasse condicionamento e rodagem, o que para ele, serviu de muito aprendizado. “Acho que todos os clubes que você vai, você tem um aprendizado e pra mim, na minha visão, foram mais coisas positivas do que negativas”, relata o jogador. 
Em 2015, Bruno foi emprestado ao Santa Cruz para a disputa do Pernambucano e da Série B. No Arruda, foi campeão estadual, fez o primeiro gol como profissional e conseguiu mais um acesso à Série A, colocando o Santa de volta a elite, perdendo o título para o Botafogo. 
Já no ano seguinte, Bruno foi emprestado ao Mogi Mirim, para a disputa do Paulista, e depois para o Juventude, que na época disputava a terceira divisão do Brasileiro e que teria o Boa Esporte como campeão. No time gaúcho, o atleta conquistou o acesso à Série B de 2017. 

Bruno Lima sendo apresentado no Juventude em 2016. Foto: EC Juventude

 A volta por cima e o futuro

 Com o fim do contrato com o Palmeiras e as boas atuações na Série C, a permanência no Juventude foi decretada até o fim de 2018. Em janeiro de 2019, Bruno se acertou com o XV de Piracicaba, por onde ficou um ano e meio, antes de assinar com o Brasiliense. 
Em julho deste ano chegou à capital federal para a disputa do torneio do DF e da Série D do Brasileiro. No “estadual”, o time perdeu o título para o maior rival, o Gama, duelo que vem se repetindo no nacional, já que as equipes terminarão a primeira fase nas primeiras posições.
 Objetivos de ascensão do Brasiliense, que trabalha para ter de volta os tempos de glórias, como no início dos anos 2000 em que chegou a final da Copa do Brasil, perdendo o título para o Corinthians, e quando foi campeão da Série B, conquistando acesso à elite nacional. “É um time que almeja subir e um time onde é tudo certinho, tudo organizado, a gente tem que colocar onde merece, e o Brasiliense merece estar em um lugar bem melhor”, afirma o jogador. 
O Brasiliense vem ao Sul de Minas enfrentar a Caldense e uma vitória simples garante a liderança do grupo 6, já que tem um ponto de vantagem para o Gama, segundo colocado. A representante de Poços de Caldas não tem mais chances de classificação para a próxima fase.
 

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