O setor de serviços em Minas Gerais apresentou, em maio, um recuo de 0,9% frente a abril de 2020, na série com ajuste sazonal, enquanto o Brasil também mostrou uma queda de 0,9%. Regionalmente, 16 das 27 unidades da federação assinalaram recuo no volume de serviços em maio de 2020, na comparação com o mês imediatamente anterior. Entre os locais que apontaram resultados negativos nesse mês, São Paulo (-1,5%) e Distrito Federal (-13,9%) sofreram as perdas mais importantes. Outras pressões negativas relevantes vieram de Minas Gerais (-0,9%) e do Rio de Janeiro (-0,4%). Em contrapartida, Rio Grande do Sul (5,2%), Santa Catarina (6,4%) e Bahia (4,7%) registraram os impactos positivos mais relevantes em termos regionais.
Na comparação com igual mês do ano anterior, o recuo do volume de serviços no Brasil (-19,5%) foi acompanhado por 25 das 27 unidades da federação. A principal influência negativa ficou com São Paulo (-20,2%), seguido por Rio de Janeiro (-17,3%), Minas Gerais (-17,7%) e Rio Grande do Sul (-24,0%). Por outro lado, as únicas contribuições positivas para a formação do índice global vieram do Mato Grosso (6,3%) e de Rondônia (9,3%), impulsionados, em grande medida, por atividades correlatas ao agronegócio, como os transportes ferroviário, rodoviário, hidroviário e a gestão de portos e terminais.
No acumulado de janeiro a maio de 2020, frente a igual período do ano anterior, a queda do volume de serviços no Brasil (-7,6%) se deu de forma disseminada entre os locais investigados, já que 26 das 27 unidades da federação também mostraram retração na receita real de serviços. O principal impacto negativo em termos regionais veio de São Paulo (-7,1%), seguido por Rio de Janeiro (-5,5%), Rio Grande do Sul (-13,7%) e Minas Gerais (-7,8%). Por outro lado, a única contribuição positiva no índice nacional veio de Rondônia (4,1%).
A variação acumulada nos últimos 12 meses, frente a igual período do ano anterior, apresentou recuo do volume de serviços no Brasil de 2,7%, sendo que 24 das 27 unidades da federação também mostraram retração na receita real de serviços. O principal impacto negativo em termos regionais ocorreu em Alagoas (-9,8 %), Piauí (-9,7%) e Bahia (-8,7%). Por outro lado, Tocantins (2,8%), Mato Grosso do Sul (1,9%) e Amazonas (1,6%) registraram as influências positivas sobre o índice nacional. Minas Gerais apresentou variação negativa nos últimos 12 meses (-3,6%).
Os resultados por atividades em Minas Gerais, na comparação com o mesmo mês do ano anterior, apontam variações negativas do volume de serviços em todas as cinco atividades investigadas: serviços prestados às famílias (-54,0%), transportes, serviços auxiliares aos transportes e correios (-22,5%), outros serviços (-21,7%), serviços de informação e comunicação (-12,4%) e serviços profissionais, administrativos e complementares (-2,9%), conforme o Quadro 1.
Quadro 1 – Variação da receita nominal e do volume de serviços por atividades de serviços, Minas Gerais – Maio 2020
Em síntese, ao recuar 0,9% na passagem de abril para maio de 2020, o setor de serviços nacional registrou a quarta taxa negativa seguida, aprofundando os impactos negativos oriundos da pandemia do novo coronavírus e acumulando uma perda de 19,7% entre fevereiro e maio deste ano. No entanto, os efeitos econômicos provenientes das medidas de recomendação do distanciamento social e da consequente restrição ao funcionamento de estabelecimentos prestadores de serviços listados como não essenciais passaram a ser sentidos apenas a partir de março, quando começaram as paralisações. Com isso, o volume de serviços no Brasil encontra-se 27,9% abaixo do recorde histórico, alcançado em novembro de 2014.
