O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), por meio da Promotoria de Justiça de Elói Mendes e do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), acompanhada pela Polícia Militar e pela Corregedoria da Polícia Civil, realizou nesta sexta-feira (13), a segunda fase da Operação Êxodo 23, que investiga crimes como corrupção e falsidade ideológica na Delegacia de Trânsito de Varginha.
Cinco mandados de prisão preventiva e dois mandados de busca e apreensão foram cumpridos. Um deles na delegacia regional de Polícia Civil, em Varginha, tendo como alvo um servidor.
"Cinco foram novamente denunciados, são eles policiais civis e servidores que trabalhavam na Delegacia de Trânsito de Varginha. E houve a nova decretação de prisão dessas pessoas. Então, algumas tiveram o habeas corpus deferido na Justiça. No entanto, não foram colocadas efetivamente em liberdade por conta destes novos mandados de prisão decorrentes dessa segunda fase", explicou o promotor Daniel Ribeiro Costa.
Segundo o Ministério Público, o objetivo é desmantelar uma organização criminosa instalada nas duas cidades. O grupo, segundo as investigações, é composto por policiais civis, servidores do Detran e despachantes de veículos. A quadrilha é suspeita de corrupção, falsidade ideológica e usurpação de função pública.
"Nós descobrimos agora que, para emissão de cada documento veicular, cada um deles, quando havia a intermediação de despachantes, havia o pagamento de propina no valor de R$ 10 a R$ 15 a cada um. Isso nos deixou bastante impressionados, pelo fato de que tudo tinha que se movimentar mediante pagamento de propina e quem vai pagar essa conta naturalmente é o cidadão", disse o coordenador do Gaeco Igor Serrano Silva.
A primeira fase da operação foi realizada em dezembro de 2019. 16 pessoas entre servidores, investigadores e até um delegado de trânsito em Varginha e Elói Mendes, foram presas.
Com informações G1 Sul de Minas e Ministério Público de Minas Gerais
