O Varginha Online conversou com varginhense Ava Gambel, representante do movimento
“Não Foi Acidente” que luta para endurecer a legislação para quem dirige alcoolizado. Nas redes sociais, a campanha liderada pelo varginhense tem mais de 1 milhão de seguidores.
─ Hoje a punição para que matar no trânsito é muito branda, como pena de multa (cestas básicas) ou prestação de serviço à comunidade. A certeza da impunidade é o que leva as pessoas a continuarem a beber e dirigir, sem se preocupar com as consequências ─ disse Ava Gambel .
VOL: Como surgiu o movimento Não Foi Acidente ?
O movimento teve início com a morte da mãe e da irmã do meu amigo Rafael Baltresca, as duas foram mortas por um motorista embriagado, há quase 5 anos atrás. Sensibilizado com dor do Rafael criei a página NFA (Não Foi Acidente) e dias depois o Rafael criou o movimento com a petição para colhermos assinaturas para mudanças nas leis de trânsito contra bebida e direção. No início precisávamos de 1 milhão e 300 mil assinaturas, mas em 2013 nosso projeto foi apresentado pela deputada Keiko na câmara dos deputados.
VOL: Qual o papel do movimento na sociedade e como está o Projeto de Lei?
Hoje o movimento dá apoio aos familiares das vítimas, divulga na página do facebook os casos de mortes no trânsito, tanto em casos que envolvem bebidas ou imprudências. O Não Foi Acidente também criou um grupo de acolhimento emocional às famílias de vítimas “Acalmando o Coração”, que visa da um apoio aos familiares em luto. Em relação ao PLC 144/2015, ele se encontra no Senado, com Aloysio Nunes (PSDB-SP) como relator, e o próximo passo é a CCJ. O Projeto depois de algumas alterações foi aprovado de 4 a 8 anos de detenção, porém nós do movimento temos a intenção de devolver o texto à Câmara para que as bases de sua versão original sejam resgatadas que era de 5 a 8 anos.
