O goleiro Bruno Fernandes aguarda a expedição do mandado de prisão para se apresentar a Justiça. Bruno se apresentou à Polícia Civil na tarde desta terça-feira (25), mas foi liberado pelo delegado regional de Varginha, Roberto Alves Barbosa Júnior, pois o mandado de prisão ainda não havia sido expedido. O goleiro assinou uma certidão se comprometendo a se apresentar à Justiça.
O advogado do goleiro, Lúcio Adolfo e o diretor do Boa Esporte, Rildo Moraes, estiveram por volta de 14h na 1ª Vara Criminal, onde se encontraram com o juiz Oilson Hoffman. O goleiro Bruno não foi até o local. Segundo informações do advogado, o goleiro Bruno tem interesse em permanecer em Varginha e no Boa Esporte e isso será acertado com a diretoria do clube. Pelo contrato assinado entre as partes, o vínculo estaria encerrado caso Bruno voltasse para a prisão.
Ainda de acordo com o advogado, o atleta não precisará ser caçado pela polícia. Pois assim que o mandado de prisão for expedido, o goleiro irá se apresentar espontaneamente à Justiça. O que poderá acontecer até a manhã desta quinta-feira (27).
Segundo o juiz Oilson Hoffman, da 1ª Vara Criminal, a polícia será acionada para prender o jogador assim que o mandado for expedido.
"Tão logo nós tenhamos o registro, o mandado de prisão do senhor Bruno Fernandes, imediatamente nós chamaremos as polícias civil e militar, para o devido cumprimento, apresentação ao médico-legista e em seguida ao presídio de Varginha", disse Hoffman.
Conforme informações do portal G1, a unidade prisional de Varginha tem capacidade para 90 detentos, mas hoje abriga 270.
Bruno foi preso em 2010 e condenado em 2013 pela morte da ex-namorada Eliza Samudio. Desde março, Bruno defende o Boa Esporte, de Minas Gerais, que disputa a segunda divisão do Campeonato Mineiro. A equipe de Varginha não comentou a decisão do STF.
Sobre a decisão da prisão
A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu na tarde de terça-feira mandar o goleiro Bruno Fernandes de volta à prisão.
Por 3 votos a 1, os ministros decidiram derrubar uma decisão de fevereiro do ministro Marco Aurélio Mello, que havia determinado a libertação do atleta, após seis anos e meio de prisão. A Primeira Turma é formada por cinco ministros, mas Luís Roberto Barroso não participou do julgamento.
Votaram a favor da volta de Bruno à prisão os ministros Alexandre de Moraes, Rosa Weber e Luiz Fux. O único contrário foi Marco Aurélio Mello.
Na sessão, os ministros analisaram um recurso da mãe de Eliza Samudio contra a soltura, sob o argumento de que a liberdade do goleiro colocava em risco sua própria integridade física e a de seu neto, filho de Bruno com Eliza.
Com informações G1 Sul de Minas