'As pessoas cobram muito pelo que aconteceu no passado. O Boa está abrindo as portas para mim', disse o atleta, em entrevista coletiva
Depois de muita polêmica, o goleiro Bruno Fernandes das Dores, de 32 anos, assinou contrato com o Boa Esporte manhã desta terça-feira (14), em Varginha. Ele disse que, durante várias vezes em que esteve preso, achou que não daria para voltar aos gramados, mas ressaltou que vive de sonhos.
"O Bruno vive de sonhos. Quero ajudar ao Boa a chegar à primeira divisão" (...) Eu achei, várias vezes, que não daria. Não posso simplesmente jogar a toalha. Minha esposa (a dentista Ingrid Calheiros) não aceitava de forma alguma (que eu desistisse). Tenho de acreditar em mim", disse o jogador.
Ele concedeu entrevista coletiva à imprensa e se negou a responder perguntas sobre Eliza Samudio. Da mesma forma, sobre as bases do contrato.
A assessoria do clube havia informado que apenas perguntas relacionadas ao futebol seriam respondidas. Logo a primeira pergunta já havia gerado um mal estar na coletiva. Ao ser questionado se ele achava digno voltar a vestir a camisa de um clube, Bruno foi curto ao dizer que não iria responder o jornalista.
O goleiro disse que foi bem recebido em Varginha e falou sobre as críticas que vem recebendo. “Estou muito feliz pela oportunidade dada. As pessoas cobram muito pelo que aconteceu no passado. O Boa está abrindo as portas para mim, é uma oportunidade dada, estou muito feliz.”, disse.
Bruno estava usando a camisa do Boa Esporte com os patrocinadores. Os cinco apoiadores se retiraram nos últimos dias, contrários à contratação do goleiro.
Após ficar preso por seis anos e sete meses, acusado de ser mandante do assassinato de Eliza Samudio, Bruno disse estar feliz com a oportunidade e não descarta Seleção Brasileira. “Acho que sonhar nunca é demais. Um dia sonhei estar aqui de volta e agora estou. Vou dar o meu melhor aqui no Boa, vou me dedicar."