Cerca de 20 pessoas se reuniram em frente à sede da Coutinho.
Grupo afirma que não recebeu o último salário e nem o 13º deste ano.
Ex-funcionários da empresa de transportes Coutinho fizeram uma manifestação na manhã desta segunda-feira (30) em frente à sede da empresa. Cerca de 20 pessoas se reuniram e reclamaram que não receberam o último salário nem o 13º este ano.
Na semana passada, 50 funcionários da Coutinho foram demitidos. De acordo com uma nota publicada por um blog da cidade, o proprietário da empresa, José Alberto Coutinho disse há dois meses não recebia da prefeitura.
Na manhã desta segunda-feira (30), a prefeitura emitiu uma nota desmentindo a informação dada pelo empresário. De acordo com a nota, durante os três anos da atual administração, os pagamentos pela prestação de serviço da Coutinho foram feitos pontualmente. Ainda de acordo com a nota, apenas em 2015, até a presente data, já foram pagos em torno de R$ 4,3 milhões a empresa. Com relação aos débitos remanescentes, são referentes ao mês de novembro
Bloqueio de bens em outubro
Em outubro deste ano, a Justiça atendeu um pedido do Ministério Público e determinou o bloqueio de bens de 13 réus de uma ação que investiga supostas fraudes em licitações na área do transporte de alunos e de coleta de lixo de Varginha (MG). O caso teria acontecido em 2008. Ao todo, seriam bloqueados quase R$ 44,5 milhões. Na época, o advogado da empresa Coutinho Ltda, que operava o serviço na cidade, informou que ainda analisava o processo para decidir quais medidas seriam tomadas.
As investigações do MP começaram em 2011, devido a denúncias de fraude em licitações da prefeitura da cidade. Segundo a promotora que acompanha o caso, Eliane Maria de Oliveira Claro, em 2008, a empresa venceu a concorrência pra prestar o serviço de transporte de estudantes da zona rural. O contrato, de 10 anos, foi feito no valor de cerca de R$ 1,9 milhão. No entanto, poucos meses depois do início das atividades, a empresa conseguiu um aditivo e o valor saltou para mais de R$ 39 milhões.
Com base nestas informações, o MP pediu e a Justiça determinou o bloqueio de bens móveis e imóveis de 13 réus da ação civil pública ligados às empresas e também à administração municipal da época. Entre eles, estão pessoas jurídicas, empresários, agentes públicos, assessores e procuradores jurídicos.