Na noite desta segunda-feira (08), o partido Novo anunciou que faz parte da oposição ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido). A legenda sempre pregou que era independente, mas na maioria das votações na Câmara dos Deputados, durante os últimos dois anos, a bancada da sigla acompanhou a orientação do governo federal sobre as proposições.
Agora, o anúncio pode vir a complicar a vida do governador de Minas Gerais, Romeu Zema, que é do partido Novo e sempre se mostrou alinhado ao presidente do país. Zema inclusive se recusou a assinar cartas que repudiavam ações do chefe do Palácio do Planalto, em relação ao enfrentamento à pandemia da Covid- 19.
Como forma da nova postura tomada, o partido citou o abandono das políticas anticorrupção e o encerramento da Operação Lava Jato; a atuação do ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo; a postura de Bolsonaro durante a pandemia; entre outros pontos.
"Como bem explicitado na diretriz, a bancada federal permanecerá formalmente independente. Não vamos nos associar a qualquer legenda por oposição pura e simples. Temos nossos valores. Está claro que somos um partido que trabalha pela liberdade, ao contrário de outros partidos que defendem a bênção do Estado para tudo", afirmou o líder da bancada do partido na Câmara, Vinícius Poit (SP), ao Estadão/Broadcast.
"Vamos nos opor ao governo como já vínhamos fazendo quando não concordarmos com o que é proposto ou apresentado. Porém, votaremos a favor das pautas que acreditamos serem importantes para o País, ainda que isso signifique votar com o governo", completou o deputado.
