A Polícia Militar promoveu uma coletiva de imprensa nesta segunda-feira (11), após o encerramento do sequestro no Supermercado Bretas, em Varginha, e detalhou a ação do homem e como os policiais agiram para detê-lo. Foram quase quatro horas de negociação e a
mulher acabou libertada pouco antes das 11h, sem ferimentos.
"O local estava contido e o suspeito já estava dominado. Sem nenhuma intervenção externa, a Polícia Militar por meio de negociação, depois de muito tempo falando com ele, principalmente para tranquilizá-lo, no momento em que ele ficou um pouco nervoso, estava agitando a faca, e se descontrolou e deixou a faca soltar da mão dele, fizemos a intervenção decisiva. Dominamos ele, retiramos a vítima e a faca. Nesse momento foi possível manter a integridade da vítima e dele", afirmou o Coronel Mauro Lúcio, Comandante da 6ª Região da Polícia Militar de Lavras.
Foto: Márcio Borges / Varginha Online
De acordo com o comandante, foram efetuados disparos com balas de borracha para deter o suspeito, que se mostrou nervoso em alguns momentos. "Os disparos que foram ouvidos, foram tiros de armamento de menor potencial ofensivo, justamente pensando na preservação da vida. Como ele ainda estava agitado, foi necessário ainda efetuar alguns disparos e aí cessou a resistência dele. Nesse momento foi feito a intervenção para detê-lo", explicou.
Samuel Gonçalves, de 41 anos, é de de São Lourenço e sofre depressão. A mulher do suspeito, que esteve no local durante a negociação da PM, afirmou que ele já tentou suicídio em outras oportunidades. A PM confirmou que o rapaz tem problemas mentais e que teve um surto dentro do supermercado, pedindo para que o matassem.
Foto: Márcio Borges / Varginha Online
"Ele esteve aqui no supermercado para fazer algumas trocas de moedas, parece que teve um surto psicótico, tomou uma funcionária como refém e a partir daí levou ela pro fundo da loja. Ele dizia o tempo todo que queria que o matassem, que tirassem a vida dele. Essa era a motivação principal dele para fazer essa questão de a tomar como refém e fazer ameaças", contou o comandante.
"Ele não chegou a atingir a refém com a faca. Ele machucou a mão dele na parede; teve um momento que ele passava a mão dele na parede com a faca. Em momento algum houve essa questão de ferir com a faca, apenas ameaçava", afirmou. "Ela (a vítima) foi encaminhada ao hospital, está sendo assistida pela equipe médica, e o mesmo aconteceu com ele (sequestrador). A princípio, a integridade física deles foi totalmente preservada", completou.
Após ser medicado no hospital, segundo o comandante, ele será enquadrado no crime de sequestro, seguido de refém. Ele possui passagem na polícia. "Ele tinha uma passagem, quando foi pego andando nú, ou seja, já demonstrando essa situação psicológica. Agora passagens por crimes, ele não tinha", afirmou o major Alexandre Silva, que também participou da coletiva.
"Comunicamos que o agressor e a vítima do caso do Hipermercado Bretas foram encaminhadas para o Hospital Bom Pastor. Ambos permanecem em observação, aguardando atendimento", afirmou a Assessoria de Comunicação da Prefeitura Municipal após a retirada da vítima e do suspeito do supermercado.
