Árvore: garantia de vida

Saudando a entrada da primavera e o dia da árvore, hoje, 21, façamos uma reflexão sobre a importância do verde em nossas vidas, sobretudo neste momento em que tantas queimadas são registradas, sufocando nossos pulmões. Muitos estudos comprovam a importância da árvore.  Por exemplo, pesquisa feita por uma arquiteta da Unicamp-Universidade de Campinas demonstrou vários benefícios da árvore e, como o de melhorar o conforto térmico ao seu redor.  Isso, ao contrário do que se pensa, não é devido à sombra, mas sim ao aumento da umidade relativa do ar. Cada árvore funciona como um micro-oásis  em meio ao calor e às altas temperaturas do asfalto. Sabe-se que o asfalto emana mais calor do que a terra, daí a importância de cultivarmos mais árvores na cidade. Áreas arborizadas podem ter uma diferença de até 5 graus Celsius em épocas mais quentes.

 

Outro estudo feito no Golfo Pérsico mostrou que a presença de vegetação reduzia as temperaturas internas das casas e havia queda de 65% no consumo de energia com ar-condicionado.  Mas as pessoas mostram-se recalcitrantes quando se fala em ter uma árvore em frente às suas casas. Alegam que suja calçadas, entope calhas e outras queixas mais. Se fizermos a relação custo-benefício de sua presença nas ruas e quintais, concluiremos que os benefícios são infinitamente maiores.  Só de cada espécie, sozinha, dar uma sensação agradável de bem estar já justifica plantá-la.  Um jambolão, por exemplo, libera 101 litros de água por dia.

 

Árvore ainda absorve gases emitidos por veículos e indústrias, libera oxigênio, melhora a qualidade do ar que respiramos, diminui o impacto de ventos fortes absorve o calor no entorno e, como toda planta, funciona no mesmo princípio dos climatizadores de ar. Ou seja, acaba sendo “ar condicionado” natural; proporciona sombra que restaura nossa disposição e diminui o cansaço físico, atrai pássaros, tornando a cidade mais humana e habitável. 

 

Enfim, árvores são democráticas. Acolhem a todos sem distinção de raça, cor, gênero, ideologias, credos ou classe socioeconômica e cultural; como colo bendito de mãe. Quem não precisa de um, sobretudo nestes tempos de pandemia e isolamento? Nada pede, penas se doa. Doa paz, tranquilidade e renovação de energia.   Precisamos parar, às vezes, para admirá-la, agradecê-la e reverenciá-la por tantos benefícios nos concedido, afora a beleza que acrescenta a qualquer ambiente.

 

Tenhamos mais consciência, respeitemos o verde, cultivemos árvores em nossa cidade, nosso bairro, nossa rua, em frente às nossas casas, em nossos quintais, pois, sem elas, perdemos saúde e, o mais importante, toda vegetação garante produção de água, que é fonte de vida. Essa reflexão pode contribuir com a luta pela nossa sobrevivência no planeta e nos levar a ações que melhorem o mundo.