Com o movimento #CrieOPisodaEnfermagem, profissionais da categoria em Varginha realizaram um protesto pacífico nesta segunda-feira (31). O grupo de cerca de 50 profissionais se reuniu na Concha Acústica, no Centro, para exigir que seja criado o piso salarial da enfermagem.
O evento foi organizado pelos profissionais Ludmyla Tatyana Rodrigues, Flávio Ribeiro e Roberta Beltrão Resende Júlio e teve início às 17h30.
“A Enfermagem mineira vai a rua proclamar pelo #CrieoPisoDaEnfermagem que cada dia tem ganhado mais força com um único objetivo: valorização da categoria, através de um piso salarial e uma carga horária justa e decente. Ontem foi a vez de Varginha, com número reduzido de profissionais devido a pandemia, mas representando a todos que estão na luta por igualdade e respeito”, afirmaram os organizadores.
Durante o ato em Varginha, os protestantes utilizaram cruzes, segundo eles “para prestar uma singela homenagem aos nossos colegas que infelizmente perderam suas vidas, ‘Salvando Vidas’, e lembrar o descaso dos políticos com a nossa classe”, afirmaram.
Sobre os próximos passos a serem seguidos, Ludmyla Rodrigues afirma que “vamos atrás dos vereadores para assinarem uma moção; esperamos que seja por unanimidade assim como ocorreu em outras cidades como Alfenas e Três Corações”, enfatizou a enfermeira em entrevista ao Varginha Online.
A presidente da Câmara de Varginha, Zilda Silva, afirmou que o Legislativo apoia a ação e que a Casa já tem preposições que solicitam benefícios para a classe, enfatizando a importância deles para a saúde.
“A Câmara de Varginha apoia essa reivindicação da categoria, que é justa e que está principalmente dentro da legalidade. O Legislativo já tem várias proposições destinadas solicitando benefícios para enfermeiros, auxiliares e técnicos em enfermagem exatamente por ter a real noção da importância que esses profissionais têm para a área da saúde. Só cabe ressaltar que os vereadores aprovam o que chega do Executivo e não conseguimos fazer nenhum Projeto de Lei neste sentido. Por isso reafirmo nosso apoio e caso chegue à Câmara um projeto neste sentido, tenho certeza que será aprovado por unanimidade”, afirmou Zilda.
Em Minas Gerais, o principal objetivo do movimento é fazer com que o governador Romeu Zema envie para a Assembleia Legislativa um Projeto de Lei determinando o valor do piso salarial.
“A dificuldade é que os políticos não dão andamento aos projetos de lei já existentes há 20 anos para nossa classe. Esse ano por conta da pandemia que houve o interesse de alguns em colocar os projetos em andamento. Porém, precisamos de mais apoio dos parlamentares”, afirmou Ludmyla.