Músico concedeu entrevista exclusiva ao Varginha Online e contou sobre o momento vivido durante a pandemia e a carreira
Durante a pandemia, muitos artistas tiveram que se reinventar para continuar levando alegria ao público e também manter firme o sonho pela carreira, seja na música, teatro ou dança.
Morador de Belo Horizonte há mais de 20 anos, o flautista varginhense Alexandre Braga desenvolve uma carreira como músico de orquestra, na capital mineira. Alexandre iniciou um projeto, passando por Varginha, em seu canal no YouTube, criado recentemente.
“Tenho uma ligação afetiva muito grande com minha cidade natal, espero de alguma forma, através da minha música, contribuir para a divulgação da minha cidade. Valorizar sua rica identidade cultural, bem como valorizar os artistas de nossa região”, contou ele em entrevista exclusiva ao Varginha Online.
Em seu canal no YouTube, o músico foca em quatro vertentes: “Discurso sonoro, onde falo algumas características e particularidades da história da música ocidental; curiosidades musicais, onde pontuo algumas curiosidades do fazer música; CD no canal, onde disponibilizo uma música dos 2 CD’s que já gravei de forma didática; e a vertente que mais me identifico, a série Brasilidades, onde destaco ambientes e formas musicais do nosso rico Brasil cultural”, contou ele.
O projeto ‘Brasilidades’ retrata a Música Brasileira. A série passou por Varginha, na última semana, convidando o público a uma viagem aos anos 1900, e falando sobre o ambiente musical na cidade. No vídeo, o artista mostra pontos de Varginha onde a música estava presente. Já no primeiro vídeo gravado, também em Varginha, o artista falou sobre Música Caipira e contou com a participação do violeiro varginhense Boinho.
“Resolvi desde o começo da pandemia, estudar muito sobre assuntos de música em geral, bem como organizar ideias que eu tinha em um esboço para talvez publicar um livro. Assuntos que envolvem a música, priorizando em levar a música e suas histórias principalmente ao leigo. Levar a música, essa arte universal, tesouro da humanidade de forma democrática a quem quiser”, enfatizou o músico.
A pandemia limitou a performance dos artistas junto ao seu público, fazendo com que muitos tivessem que se reinventar para continuar levando a arte aos fãs. Alexandre contou que estudou muito desde o início do isolamento e iniciou lives em seu perfil no Instagram, onde ouvia os fãs e reencontrava amigos.
“Nessas lives eu conversava muito com as pessoas, levava minha música e informações de uma maneira informal, porém com conteúdo. As lives me mostraram um fenômeno espetacular, mesmo que contraditório: apesar do isolamento social, do distanciamento, eu me vi em contato com vários amigos. Amigos que há anos eu não via. Isso criou um elo com meu público, ao mesmo tempo em que eu percebi que levando a música dessa forma, virtual, eu alcançava um público variado e sem fronteiras”, completou Alexandre.
O artista procura levar uma informação variada e de uma forma simples para a comunidade. Ele sempre indica meios para quem quer se aprofundar nos assuntos tratados em cada vídeo. Alexandre ainda agradece a ajuda de amigos varginhenses.
“Não posso deixar de falar e enaltecer o trabalho do Rafael Perrotta, também Varginhense radicado em BH, que me ajuda na edição e digitalização dos vídeos. Aproveito para destacar minha alegria em poder fazer musica com a grande artista Varginhense professora Elvira Gomes. Nós reativamos nosso duo e desde então gravamos 2 CD’s e nos apresentamos em vários teatros, inclusive sala São Paulo e teatro Independência, em Mendoza, Argentina. Buscamos recriar em nossas apresentações a música dos saraus brasileiros e de Paris fin-de-siecle”, encerrou o artista.
