Fundada em julho de 2000, a Fraternidade Deus é Amor completou 20 anos com missão de ser o movimento do céu, na terra, através da evangelização pelas artes, música, teatro, dança e pregação da palavra. “Trabalhamos formação humana e espiritual com jovens e adultos, proclamando a misericórdia e o amor de Deus”.
Os fundadores da primeira fase da Fraternidade foram o PM Janael da Silva Alves e sua esposa Iraci Alves. Juntos aos jovens da época, eles começaram a ideia de evangelização através das artes, dança, teatro e música, o que não era comum na igreja naquela época.
No início da Fraternidade, também era servido ‘sopão’ nos bairros de Varginha e havia muitas missões com pregações.
Renovação
Por volta de 2005, o fundador deixou a Fraternidade, cinco anos depois de fundada, e voltou para sua cidade natal. Para não deixar o caminho se acabar, os jovens da época resolveram continuar a missão. Quatro homens e uma mulher assumiram a obra: Guilherme, Vander, William e Poliane.
Entretanto, os meninos não demoraram muito e também deixaram a obra nos anos seguintes, que foi assumida por Elaine e Poliane, que já estava à frente desde que o fundador foi embora. “Foi um recomeço. Passamos por muitas lutas, já fomos expulsos de lugares por causa do jeito que cremos e pregamos”, disse Poliane Aparecida da Silva Inácio ao Varginha Online.
O grupo realizou um show católico com Frei Gilson, em uma casa de shows de Varginha. Após o show católico com o membro da Congregação Carmelitas Mensageiros do Espírito Santo, houve adoração ao Santíssimo Sacramento na boate. O grupo recebeu críticas pela ação, mas não desanimou.
“Colocamos mais força e oração no evento. Foi chuva de críticas nas redes sociais, mas o próprio frei que veio nos disse assim: ‘Fiquem tranquilos, não existe lugar que Jesus não possa entrar’, contou Poliane.
Fraternidade hoje
Atualmente, a fraternidade conta com 60 membros; mais de 600 pessoas já serviram no grupo ao longo dos 20 anos e outras milhares já participaram dos grupos de oração e retiros, promovidos pela Fraternidade.
Tendo como carisma, a Misericórdia, o grupo explica que busca “a mudança de vida das pessoas sem se preocupar com o que fizeram”. A missão é o amor, a alegria e acolhida.
A casa onde a Fraternidade atende, que antes era a antiga Fuvae, que cuidava de pessoas com necessidades especiais físicas, hoje cuida de pessoas com necessidades especiais na alma, na vida.
“Nossos trabalho é de evangelização, somos missionários e levamos a palavra pra toda região. Nosso trabalho social existe, mais não é algo que gostamos de expor. O trabalho social com divulgação é apenas o natal solidário que distribui presentes de natal. Já alguns anos”, enfatizou Poliane. “Ajudamos com a formação humana, temos ajuda dos padres da matriz. O padre Alir e o padre Rafael. E na obra tem psicóloga e estudantes de psicologia”, explicou ela.
Antes da pandemia, cerca de 80 pessoas eram agendadas para atendimento por semana. E alguns retiros reuniam várias inscrições, como Retiro de carnaval (200 jovens), Ser de Deus que trabalha só com afetividade e sexualidade (120 jovens), Curae só pra mulheres (200 mulheres) e Teleios (de 80 a 100 homens).