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Novos pedágios em Minas vão custar até R$ 0,13 por quilômetro; BR-491, BR-265, BR-369 e MG-167 estão na rota

Estado de Minas | 01/06/2019 - 09:30:43
Programa de concessões vai entregar à iniciativa privada 2,5 mil quilômetros em sete trechos até 2022
 
O governo de Minas vai privatizar 2,5 mil quilômetros em sete trechos de estradas em Minas Gerais a partir deste ano. O anúncio, feito ontem pelo governador Romeu Zema (Novo), faz parte de um programa de concessões rodoviárias que engloba 10% da malha estadual, de 25,9 mil quilômetros. Todas elas cobrarão pedágio, mas o governo não antecipou os valores. Garantiu apenas que, nos editais de licitação, vai fixar tarifas de até R$ 0,13 por quilômetro, equivalente à média nacional cobrada nas estradas. As concorrências também serão “blindadas” para que os contratos não possam ser interrompidos por governos futuros.
 
A expectativa é atrair R$ 7 bilhões em investimentos e gerar cerca de 9,5 mil empregos. “A infraestrutura é essencial para o desenvolvimento econômico do estado e hoje não temos condições financeiras mínimas de fazer um investimento. Na situação financeira de Minas, nós mal estamos conseguindo tapar os buracos das estradas, mal estamos conseguindo fazer uma manutenção mínima”, justificou o governador. Zema disse que este é o maior programa de concessões feito no estado. 
 
O pacote de concessões vai durar entre 25 e 30 anos e, segundo o governo, beneficiar 100 municípios mineiros e impactar 5 milhões de pessoas. Ao fazer o anúncio, Zema disse que a opção pelas concessões ocorreu porque o estado permanece com as contas no vermelho e precisa solucionar o gargalo da infraestrutura para atrair empresas. Ele citou um investimento de R$ 4 bilhões em uma fábrica de celulose no Triângulo e disse que atraiu mais empregos para Minas em cinco meses do que o governo passado inteiro. “Temos que ser realistas e fazer o que é viável para o estado”, disse.
 
Segundo o secretário de Infraestrutura e Mobilidade, Marco Aurélio Barcelos, o estado não optou por parceria público-privada (PPP) porque não tem dinheiro. “Não faz sentido o estado continuar participando, uma vez que não há recursos para tal. A ideia é que essas rodovias sejam sustentadas somente pelos usuários”, afirmou. De acordo com ele, o projeto se inicia nos próximos meses com a retomada da licitação do lote da MG-424, entre a MG-010 e a entrada de Sete Lagoas, com 51km de extensão. A concorrência havia sido iniciada na gestão passada, mas foi interrompida pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE).
 
Na sequência, até o fim do ano, o governo pretende lançar o edital do lote do Triângulo Mineiro. Nele, serão ofertados 488,5 quilômetros de rodovias nos municípios de Araxá, cidade natal do governador, Uberlândia e Uberaba. Os trechos são das BRs 452 e 462, MG 190 e LMG 798 e a previsão é de R$ 1,5 bilhão em investimentos. A partir do próximo ano, os lotes ofertados serão Pouso Alegre–Itajubá, com 423,6km de extensão, Varginha–Furnas (434,5km), São João del-Rei (376,7km), Itapecerica–Lagoa da Prata (496,9km) e Ouro Preto (242,4km).
 
ACOSTAMENTO
 
De acordo com o governo, o programa de concessões prevê investimentos constantes em manutenção e restauração dos trechos, pavimentação e a construção de acostamentos, já que 75% das rodovias do programa não contam com esse item, além de soluções para passivos ambientais e duplicações. As estradas também serão expandidas para 7 metros de largura. Estão previstos ainda serviços de atendimento médico e de urgência para acidentes e recolhimento de animais na pista.
 
A ideia do governo é lançar os editais periodicamente, a cada três meses. Marco Aurélio explicou que, para atrair investidores, o governo vai adotar um formato de edital que garanta indenizações e a continuidade dos contratos. Também vai lançar as informações em inglês com a expectativa de conseguir propostas internacionais para assumir as estradas mineiras e adotar um fluxo mais célere. “Nossa proposta é oferecer no desenho contratual uma condição de negócio e operação da via que não seja interrompidas especialmente por questões políticas. A gente quer blindar esses contratos de interferências políticas pelos próximos gestores que nos sucederão”, explicou.
 

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