O goleiro Bruno Fernandes das Dores de Souza foi condenado por uma falta grave e só deve obter o direito à progressão de pena para o semiaberto em 2023, diz a defesa do jogador. A decisão foi publicada nesta segunda-feira (11) segundo o advogado Fábio Gama, que afirmou ainda que vai recorrer.
Bruno, que está preso em Varginha, foi condenado em um processo que analisou a denúncia de que ele havia tido um encontro com mulheres e bebidas alcoólicas em um suposto bar da cidade. Apesar do goleiro ter sido absolvido no
Processo Administrativo Disciplinar (PAD) interno do presído, a decisão da 1ª Vara Criminal e de Execuções Penais de Varginha é jurídica, portanto superior, e deve ser aplicada no atestado de pena.
Bruno Fernandes das Dores de Souza foi preso em 2010 e depois condenado pelo homicídio triplamente qualificado de Eliza Samúdio e por sequestro e cárcere privado do filho Bruninho. Desde abril de 2017, o goleiro está preso em Varginha, onde exercia trabalho externo na Associação de Proteção e Assistência ao Condenado. Foi durante o período em que estava no Apac em que foi gravado no pátio de uma associação anexa ao local.
Denúncia
A reportagem mostrou Bruno na companhia de duas mulheres. Na mesa em que eles estavam, havia uma lata de cerveja, mas o vídeo não mostra o goleiro ingerindo bebida em nenhum momento. A reportagem também exibiu um diálogo por meio de mensagens em um aplicativo de celular entre o goleiro
No entanto, após o vídeo ser divulgado, a própria Apac de Varginha negou que o local fosse um bar e afirmou que o espaço é usado normalmente pelos detentos, com conhecimento da associação.
O Processo Administrativo Disciplinar então foi realizado, com depoimentos de funcionários e demais envolvidos na denúncia, e Bruno foi absolvido. No entanto, desde então, a decisão era somente administrativa, cabendo à Justiça "a decisão no âmbito processual jurídico", como afirmou a Secretaria de Estado de Administração Prisional (Seap) na ocasião.