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“É pra copiar ou posso tirar foto?” vira tema de pesquisa no CEFET Varginha

Com assessoria | 01/11/2017 - 10:02:45
“É pra copiar ou posso tirar foto?” essa é uma pergunta frequente dos alunos para os professores em salas de aula na atualidade e que deu origem a um projeto científico no campus Varginha do CEFET-MG. O trabalho levanta reflexões sobre práticas de escrita e usos de tecnologias em sala de aula.
 
O projeto, orientado pela professora Edilaine Gonçalves Ferreira de Toledo e coorientado pelo professor Lázaro Eduardo da Silva, teve início em 2016, quando, após voltar de um afastamento para o doutorado, Edilaine observou um comportamento frequente entre os estudantes: ao invés de registrar anotações no caderno durante as aulas, os estudantes pediam para registrar imagens da lousa e divulgar, posteriormente, nos grupos online da turma. A professora lembra que a postura dos alunos gerava desconforto e repreensões, uma vez que celular em sala de aula não é permitido por lei. 
 
“Isso me incomodou inicialmente, pois trabalho com produção de textos nas turmas de ensino médio, e ver as turmas registrarem pouco, ou escreverem com muita resistência, não era muito normal. Mas aí veio a indagação: por que não aliar o celular como recurso tecnológico nas aulas, e buscar entender um pouco desta dinâmica na vida dos jovens alunos?”, questionava Edilaine, que propôs, então, uma breve investigação sobre o assunto durante a 26ª Mostra Específica de Trabalhos e Aplicações (META) 2016 do CEFET-MG, que, em 2017, se tornaria um projeto de pesquisa, na forma de BIC-Jr com a bolsista do 2º ano de Informática Caroline Souza Silva. Este ano, o trabalho foi apresentado durante a Semana Ciência e Tecnologia (C&T) do campus Varginha do CEFET-MG.
 
O projeto teve como objetivo discutir a importância do exercício cognitivo e uso da escrita a mão (manuscrita) visando implementar, de modo equilibrado e produtivo, o uso de recursos digitais portáteis, como o celular em sala de aula enquanto recurso didático no processo de ensino-aprendizagem. O artigo da pesquisa ainda não está concluído, mas já há conclusões preliminares do trabalho de investigação: enquanto o celular é visto como uma ferramenta didática na visão dos alunos, para alguns docentes pode ser um complicador para as aulas no que diz respeito à atenção dos estudantes. Mas os professores reconhecem que “não conhecem muitos aplicativos que possam ser usados em suas aulas ou mais técnicas em que o celular possa ser aliado, ao invés de vilão.”
 
A orientadora do trabalho defende, finalmente, que não se deve pensar em termos de substituição de um modelo grafocêntrico (manuscrito) pelo aparato tecnológico e que “a tecnologia não vem para substituir a formalização do processo escrito: ela tem de estar aliada aos processos formais, de maneira a dinamizá-los, com mais interação e produtividade”, conclui.
 

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