Observando a composição de quaisquer das regiões que formam as rotas sobre as quais falamos e falaremos, passando pelo sul de Minas, a cidade de Pouso Alegre não está inserida em nenhum dos referidos circuitos. Uma injustiça, sobretudo quando tratamos das “Serras Verdes”, já que é quase obrigatório passar por esta importante cidade, principal pólo da micro-região formada por todas as outras, já citadas neste artigo.
Então, vamos lá! Pouso Alegre, que na prévia do IBGE já ultrapassa Varginha em número de habitantes, é uma cidade vibrante. E agora, por minha conta, passa a capitanear o Circuito Serras Verdes do Sul de Minas.
Às margens da BR- 381, a Fernão Dias, já é possível notar a força industrial desta praça. Entrando na cidade, obras saltam aos olhos. A Avenida Perimetral, em processo de duplicação, dará ao visitante a impressão de estar chegando a uma capital. É pena que tal obra ande a passos de cágado, arrastando-se há meses, deixando em seu rastro buracos criados pelo descaso e erguendo uma poeira que só não é constante porque, às vezes, é substituída pelo barro, formado quando caminhões pipa despejam rios d’água em toda a extensão da pista. Pó e terra molhada, prejudicando intensamente os comerciantes e prestadores de serviços que ali estão instalados.
Centenas de pessoas caminhando pelas ruas, sensação de pressa, dificuldade para encontrar vagas de estacionamento na região central, que apresenta o contraste de largas avenidas contra ruelas, onde mal é possível trafegar. Pouso Alegre transpira o desejo de um futuro brilhante. E aqui cabe o “senão” da vez: Apesar de todo o dinamismo do povo pouso alegrense, é triste verificar que a cidade está entregue à própria sorte, após a vergonhosa cassação do ex-prefeito Jair Siqueira, acusado de favorecimento a empresas em pelo menos cinco contratos realizados no início de 2005, o que teria causado um prejuízo de mais de R$ 2,7 milhões aos cofres públicos. Como em quase todo o resto do país, em Pouso Alegre , as coisas não são diferentes. Se os políticos permitirem, a coisa anda por si só!
Seguindo pela Fernão Dias, como bem descreve o site www.idasbrasil.com.br: No sul de Minas, uma muralha verde dá as boas vindas. A Serra da Mantiqueira, com suas matas fechadas, foi um grande desafio para os primeiros desbravadores. Hoje, entretanto, é destino obrigatório para eco turistas, caminhantes e amantes do clima de montanha. Os prazeres do frio encontram morada neste circuito.
Passando por Estiva e Cambuí, onde as plantações de morangos enchem os olhos, é possível saborear a fruta, cultivada tradicionalmente ou de forma orgânica, em barraquinhas que se espalham nas beiras da BR. Monte Verde, distrito de Camanducaia, conhecida como a “Suíça Brasileira” oferece belas caminhadas e cavalgadas, deliciosos hotéis com lareiras, bons vinhos e a saborosa culinária alemã. Excelente destino para quem quer namorar ou desfrutar a companhia dos amigos, curtindo um gostoso friozinho. Extrema, já na divisa com o estado de São Paulo, oferece lindas cachoeiras, onde é possível praticar o rafting e serras com mais de 1.700 metros de altura, das quais os mais ousados podem saltar, na prática do vôo livre. Em Paraisópolis, o vôo livre também está presente. Ali, pode-se praticar também o “motocross das montanhas” e, depois, saborear a mais típica e saborosa comida mineira. Finalmente, chegamos a Gonçalves que, ao lado de Monte Verde, vem se firmando como ponto de referência no turismo deste circuito. Em Gonçalves, os passeios ecológicos são o ponto forte. Os roteiros das Andorinhas, Cruzeiro e Simão oferecem deslumbrantes cachoeiras e paisagens de tirar o fôlego.
No Circuito Serras Verdes do Sul de Minas, a natureza é o principal espetáculo... E o povo, é claro, recebe com o calor humano típico das Minas Gerais, espantando o frio e alegrando a alma!
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