Coluna | Periscópio
Wender Reis
Pedagogo e Orientador Social, curioso observador de tudo que causa espanto no mundo.
Covid-19: a saúde pública entre uma pandemia real e outra psicológica
28/02/2020
Muitos questionam se realmente um tipo de gripe tem o poder de mobilizar reuniões de autoridades, coletivas de imprensa, quarentenas, protocolos e medidas de contenção como isolamento de cidades, suspeitando que a coisa pode ser mais séria do é. E quando uma matéria de jornal apresenta toda uma movimentação mundial em razão de um vírus, para logo em seguida te pedir para não entrar em pânico, é o estopim para sentimentos, no mínimo,  contraditórios.

Mas, tranquilidade, respire fundo e vamos tentar nos ajudar, eu daqui e você daí. Vamos lembrar de 2009, onde tivemos uma pandemia de gripe suína (Gripe A), na ocasião, ainda não tínhamos whatsap, portanto a disseminação de pânico e desinformação não era essa avalanche que é hoje. Desta forma, muita calma ao fazer julgamento de vídeos da China com caçadores de infectados e não se entregue a teorias conspiratórias por conta do rigor dos países. A austeridade responde a uma lógica que precisa ser compreendida.

É preciso compreender que o risco individual médio é muito baixo. A população mais vulnerável é composta por idosos, pessoas com doenças respiratórias e com imunidade baixa. Além do mais, as crianças são pouco impactadas pelo vírus: ufa!  Mas e os vulneráveis? Claro que é um problema, aliás como qualquer outra infecção respiratória para essa população, como uma pneumonia, por exemplo. Por isso mesmo, são tão importantes as medidas de proteção.

Mas tem gente morrendo! Sim, tem. Os dados dão conta de 2 a 4% dos infectados com prevalência para os mais vulneráveis, é claro. Portanto, deve ser evidente que quanto mais pessoas se infectam, maior é o risco de complicações graves na população em geral.

A maior gravidade é justamento o alto poder de contágio do covid-19, que é maior que o de uma gripe comum, e por ser uma nova variedade do vírus, ninguém tem anticorpos, nem de infecções passadas, nem de vacinas. Aliás, se você pertence ao grupo de risco incluso no calendário de vacinação da gripe, você deve se vacinar sim ou com certeza.

Ademais, é importante reforçar que se tivermos um número grande de infectados, isso em qualquer país do mundo (imagina no Brasil), os sistemas de saúde podem se sufocar e os problemas aumentarem. Por isso mesmo, é importante ganhar tempo com a contenção da proliferação do vírus, para que os estudos cheguem até uma vacina e em possíveis tratamentos.

O covid-19 já impactou a economia global, mas acredite, não é perdendo a sobriedade que vamos resolver as coisas. Isso vale para os veículos de comunicação locais, pois é preciso rever o tom alarmista e informar com calma e moderação. Se o país parar pra ver a gripe passar, ela nos arrasta ainda mais para o buraco onde já nos encontramos.

Além de seguir as instruções oficiais, o que podemos fazer individualmente? Básico: mantenha a calma, lave as mãos. Se adoecer, se esforce para não infectar, não vá trabalhar, lembre-se de tossir apenas no cotovelo, use lenços descartáveis...). Eu disse lave suas mãos?

 

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