Coluna | Viver Consciente
Willes S. Geaquinto
Psicoterapeuta Holístico, Consultor e Palestrante Motivacional, Escritor - Autor dos livros "Cidadania, O Direito de Ser Feliz” e Autoestima – Afetividade e Transformação Existencial

Interatividade: Os textos desta coluna expressam apenas a opinião do autor sobre os assuntos tratados, caso o leitor discorde de algum ponto ou, até mesmo, queira propor algum tema para futura reflexão, fique a vontade para comentar ou fazer a sua sugestão.

Site: www.viverconsciente.com.br
Nós e os outros I
07/08/2019
“Os outros”. É interessante observar como essa figura criada, quem sabe a partir da censura que a chamada sociedade nos impõe, ou pela nossa própria autocensura, tem contribuído para que a maioria das pessoas se submeta a constrangimentos e desprazer.

Sem preocupar-me com os “outros”, depois de muito observar, inclusive a mim mesmo, vou tentar exprimir o que penso a respeito do assunto.

No dia-a-dia é comum ouvirmos: “e o que os outros vão pensar se eu fizer isso?”, “e os outros como é que ficam?”, “sabe como são os outros, né...”, e por aí vai... Parece até que vivemos a ditadura dos “outros”; que “eles” estão sempre à espreita para nos recriminar. Aliás, de tanto preocuparem-se com “os outros”, algumas pessoas se pudessem indagariam os “outros” até para decidir do qual lado deveriam escovar os dentes primeiro. “Eles” servem como desculpa para quase tudo; para justificar desacertos, frustrações, infelicidade e até os erros mais banais.

Na verdade, infelizmente, muitos vivem e morrem ouvindo os “outros”, sem que em nenhum momento tentem escutar a si mesmo, sem se perguntar se isso ou aquilo é bom ou não para si próprio. Pensando bem, é mais cômodo colocar a culpa nos “outros”, não é mesmo?

Um dos pontos que quero destacar a respeito desse assunto é sobre o porquê disso tudo. Penso que a origem dessa submissão aos “outros” está baseada principalmente na falta de autoestima. Se isso é cultural para mim não vem ao caso analisar nesse momento, até porque deixo para aos “outros” essa tarefa.

Uma pessoa com baixa autoestima, que possui um baixo juízo de valor acerca de si mesmo, vive submetida àquilo que os “outros” esperam ou pensam dela, o que faz com que não tenha vontade ou opinião própria; que não “dê conta” de ser autêntica com suas qualidades e defeitos; que não possua energia suficiente para contrapor àqueles que desejam dominá-la; torna-la mansa e dependente.

Normalmente a família é o núcleo originário dessa influência dos “outros”. Quando os pais são críticos demais e não estimulam o crescimento das potencialidades dos filhos, é comum crescer aí a dependência exacerbada do consentimento alheio. Na busca da aceitação pela submissão, isso os impede de desenvolver a criatividade e o senso crítico.

Por outro lado, alguns pais ao superprotegerem os filhos, o fazem repetindo o seu próprio modelo educativo viciado. Se um dos pais, sempre viveu num estado de baixa autoestima, é doentio e comum que tente transferir isso para os filhos: “se comigo foi assim e “deu certo”, porque não dará com você?” É assim que começa o domínio dos “outros”: os “outros” são melhores, os “outros” sabem, os “outros”... E eu, hein! 

Pausa para reflexão... 

 

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