Coluna | Fatos e Versões
Rodrigo Silva Fernandes
Advogado e articulista político do Jornal Gazeta de Varginha. Escreve todas as quartas e sextas.
Cortar para produzir; Mais do mesmo;Fogueira das vaidades;Especialistas em pitacos
15/02/2017

Cortar para produzir

O prefeito de Varginha tem conversado intensamente com os secretários de Administração e da Fazenda. O governo estuda uma grande mexida no modus aperandi da Prefeitura a fim de ter condições de realizar obras e entregar as muitas promessas realizadas em campanha. O desafio é grande visto que o governo pretende mexer num dos maiores “grupos de interesse” da cidade: os servidores públicos. Na legislação atual é difícil rever os altos gastos com este setor, sem falar no risco de boicote dos próprios servidores que não querem perder benesses. Outro risco do governo é não conseguir realizar as promessas por falta de “material humano competente”. Nesse quesito, se quiser, o prefeito pode realizar “poda de cabeças” de ano em ano nas secretarias e projetos que não apresentarem resultados! Basta querer!

Mais do mesmo

A revitalização do centro comercial de Varginha foi o tema de reunião do prefeito Antônio Silva com o Secretário de Planejamento Urbano, José Manoel Ferreira e os arquitetos da Prefeitura de Varginha. O tema é antigo e a cobrança por parte dos comerciantes da área central também. Todavia, as “técnicas de enrolação” do governo estão cada dia mais aperfeiçoadas e “quando fazem reunião atrás de reunião e nada de concreto se vê” é porque o projeto já foi pras Calendas!

Fogueira das vaidades

Na última semana, o presidente da Câmara de Varginha, Zacarias Piva, recebeu a visita do ex-prefeito de Varginha por dois mandatos, ex-vereador e atual presidente da Associação Comercial, Aloysio Ribeiro de Almeida. No encontro, Aloysio se colocou à disposição do Legislativo no que for necessário e foi muito elogiado pelo presidente. “O senhor é um homem de muita experiência e que ainda tem muito o quê contribuir para nossa cidade. Muito do que Varginha é hoje nas áreas de educação e emprego, devemos às suas administrações. O senhor investiu na formação técnica, trazendo o Sesi/Senai para o Município e também trouxe muitas indústrias, revolucionando Varginha. Temos muito o que agradecer ao senhor e, também, aprender”, enfatizou o vereador Zacarias Piva.

Vale destacar a informação que Aloysio Almeida e sogro do também vereador e ex-presidente da Câmara, Leonardo Ciacci, que já neste mandato, disputou e perdeu a presidência da Câmara para Zacarias Piva. Não é mistério que Ciacci chegou á política pelas mãos de Aloysio Almeida. Hoje Leonardo Ciacci já tem vida política própria e conduz sua carreira. Porém, Leonardo Ciacci nas muitas oportunidades que teve para ser candidato a prefeito e não o foi, desagradou o sogro Aloysio Almeida. A visita a Piva é emblemática, pois nos bastidores, é conhecido o desejo de Piva de candidatar-se a prefeito e o “temor” de Ciacci para tal desafio. Será que Aloysio estaria atrás de “outro pupilo” para disputar a cadeira de prefeito?

Fogueira das vaidades 2

Já na quinta feira 09/02, outras visitas também causaram “desconforto” no meio político. O prefeito esteve reunido, primeiramente, com o reitor do Unis, Stéfano Gazola e com um “conhecido e generoso” empresário local para tratar da construção do trevo na BR 491, de acesso ao campus do Unis e ao aeroporto. Nesta primeira reunião, viu-se como a universidade, os empresários e a Prefeitura de Varginha podem atuar para realizar a obra, e o prefeito foi o “escolhido para porta voz” do projeto do trevo junto ao Governo de Minas, especificamente o DEER. No mesmo dia, o prefeito esteve na sede da coordenação regional do Departamento Estadual de Edificações e Estradas de Rodagem – DEER/MG, onde falou com o coordenador regional da autarquia e ex-petista Raimundo Zaiden. Desnecessário dizer que o prefeito e o coordenador do DEER, são “adversários políticos intestinais há muito tempo” e que em recente oportunidade, Zaiden já havia dito que o DEER não tem responsabilidade por aquele trecho da BR 491, deixando Unis, empresários do Porto Seco e a Prefeitura de Varginha sem qualquer esperança de ajuda daquele departamento. Embora o Executivo estadual não tenha divulgado tal visita e o Executivo municipal tenha informado o resultado do encontro entre o prefeito e Zaiden, a coluna imagina que o coordenador regional do DEER vai precisar gastar todo seu “estoque de Figatil” se for forçado a sentar-se a mesa com o reitor do Unis e o prefeito para contribuir com o necessário projeto da construção do trevo, que aliás, Zaiden já combatia sua construção desde a época em que foi secretário municipal na gestão petista.

Palácios de Mármore

O Judiciário estadual começa a trabalhar no projeto de construção de um novo Fórum local. A construção do novo fórum é necessária, já foi cobrada por advogados e a população precisa da ampliação dos serviços oferecidos pelo Judiciário, que não mais podem ser expandidos no atual prédio do fórum local na Vila Pinto. Entretanto, é necessário dizer que a “vida útil” do atual fórum local foi reduzida em muito a fim de agradar a vaidade de suas excelências que não abriram mão de luxo e ostentação quando da construção daquele prédio.

Vejam que o prédio atual do fórum possui enormes espaços ociosos destinados a jardins internos e pouco se preocupou com a funcionalidade do serviço público quando daquela construção. A impressão que se tem é que todo o recurso foi destinado ao conforto de suas excelências e ao rebuscamento do edifício onde passam algumas horas por semana a fim de receber seus polpudos salários. Não parece ter havido preocupação do Judiciário com os servidores e a população que está diariamente naquele local esperando solução aos milhares de processos que encalham nos armários do fórum de Varginha.

Espera-se que no projeto do próximo fórum local o foco seja outro! Que o Judiciário procure também, o conforto do servidor e do cidadão, bem como a funcionalidade e eficiência do novo prédio que pretende construir em Varginha, para atender a população e que este novo local seja preparado para necessárias ampliações no futuro. Afinal, o caixa público é único! O recurso que vaza pelo ralo da corrupção, dos salários acima do teto constitucional, ou da ineficiência das construções do Executivo, Legislativo e Judiciário vem todo do mesmo local: o surrado bolso do contribuinte!

Perguntar não ofende

Quem vai pagar pelos custos da demolição da estrutura do ginásio do Melãozinho? Quem vai pagar pelo desperdício de dinheiro público naquela obra irregular? O que o Ministério Público, a Prefeitura de Varginha e a Justiça estão fazendo para punir os responsáveis?

Porque foi desativado o posto policial na Praça da Fonte? Falta efetivo à PM para manter o posto policial funcionando ou falta apoio do município para tal? Há intenção do governo municipal ou da PM para retornar as atividades naquele local? Quando será?

Quando se dará o início das obras das três pequenas usinas centrais hidrelétricas no Rio Verde? Quem está fiscalizando tal investimento e seus impactos ambientais? Qual será o incremento deste investimento na economia e nos empregos gerados em Varginha?

Como se dá a captura, acolhimento, cuidados e eventual sacrifício dos gatos e cães capturados na cidade? Qual o custo do processo para o município? O que tem sido feito para minimizar tais gastos e enquadrar tal processo às questões ambientais vigentes?

Especialistas em pitacos

Com o grande número de vereadores novatos na Câmara de Varginha, voltamos a observar o surgimento da mesma prática antiga e absurda de vereadores “ignorantes quanto ao planejamento do trânsito, darem pitacos na área”, e ainda fazer pressão política para irregularmente instalar um quebra-molas aqui, uma passagem elevada acolá, ou mesmo mudar mão de direção de vias na cidade! Os novos edis deveriam ficar atentos aos acontecimentos e saberem que suas canetas não podem mudar as regras técnicas de trânsito na cidade. O pedido de elaboração de estudos técnicos para mudanças no trânsito é bem diferente do pedido (com ares de determinação) para instalação de semáforos, passagens elevadas ou quebra-molas, ou mudanças de mão, na maioria das vezes para beneficiar um amigo ou parente! Os edis precisam conhecer as questões técnicas antes de darem seus pitacos, que podem prejudicar ainda mais o trânsito cada dia mais caótico de Varginha.

Aos amigos tudo!

A direção da Copasa fez uma visita ao prefeito de Varginha, que assumiu seu quarto mandato como chefe do Executivo municipal. A direção da estatal mineira certamente tem muito a discutir e explicar ao prefeito da cidade. Afinal, Varginha paga uma alta taxa para o tratamento de água, ainda assim, a água fornecida pela Copasa não é melhor que a entregue, por exemplo, em Eloi Mendes pela SAAE, que cobra preço bem menor. A empresa estadual também cobra pelo tratamento do esgoto em Varginha, contudo, não trata 100% do esgoto produzido na cidade. Ficou provado nos estudos apresentados na Câmara de Varginha que a Copasa não realizou todos os investimentos necessários na cidade para garantir qualidade plena do serviço. 

Ainda assim, na gestão de Antônio Silva, a Copasa também ganhou o milionário contrato para gerenciar o Aterro Sanitário municipal, vale ressaltar, o processo de entrega deste serviço à Copasa foi sem licitação! Nem vamos entrar no mérito quanto á falta de planejamento da Copasa que não troca os velhos e furados encanamentos da cidade que possuem vários vazamentos e nem comentar sobre a falta de cobrança da Prefeitura de Varginha quanto aos reiterados deslizes da estatal.

O que a coluna imagina é que a visita da direção da Copasa ao prefeito deve mesmo ter sido uma “visita de pai pra filho visto tamanho carinho e paciência do governo municipal com as faltas da empresa que castiga o consumidor local”. Será que a paciência (ou injustiça) deste governo municipal vai permanecer por muito tempo?

Segurança Pública

O caro e ineficiente sistema de vigilância com câmeras de vídeo adquirido pela Prefeitura de Varginha para a Guarda Municipal é uma das “caixas pretas” daquela instituição de segurança, que possui vários cargos de confiança e baixo rendimento. Várias denúncias quanto a este sistema de vídeomonitoramento já foram esquecidas. Preços inflacionados na compra, sumiço de equipamentos, compra irregular ou desnecessária etc. Mas esta “lenda urbana” que se arrasta desde as gestões petistas foi alvo de um requerimento na Câmara. O Legislativo quer saber quantas câmeras estão funcionando? A vigilância é feita ininterruptamente, ou seja, 24 horas por dia, nos sete dias da semana? Todas as imagens são vistas em tempo real pelos guardas municipais na central de monitoramento? As imagens são compartilhadas com os outros órgãos de segurança? Vale ressaltar que na Guarda Municipal é tido como certo que o sistema de será repassado a Polícia Militar, que deseja tirar da Guarda seu último trufo.

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