Coluna | Bem Viver
Iára Cruz
Nutricionista, CRN 3739




Obesidade
09/05/2013

A vida moderna nos trouxe muitas facilidades. Antigamente, era preciso, por exemplo “socar” o arroz para tê-lo à mesa. Era preciso cortar lenha, moer café, não havia água na torneira. Ou seja, gastava-se muita energia com esse trabalho todo. Hoje, nada disso é preciso. Basta ir ao supermercado, pegar os produtos na prateleira e colocar no carrinho. Tem de tudo à mão. Se não quiser ir ao supermercado, a pessoa pode comprar pelo telefone ou pela internet.

Esse acesso fácil aos alimentos trouxe vantagens e desvantagens para a nossa saúde, pois existe uma enorme variedade de alimentos à nossa disposição e nos acostumamos ao conforto que essa vida moderna nos oferece. São recursos como o controle remoto da TV ou do portão e vidros elétricos nos carros, por exemplo. Tudo isso é muito bom, mas pode trazer consequências ruins, levando à obesidade, quando há um excesso de gordura acumulada no corpo. A obesidade é uma doença complexa, multifatorial, ocorrendo uma sobreposição de fatores genéticos, comportamentais e ambientais. Normalmente, junto com a obesidade, vêm outras doenças como o diabetes, hipertensão e ainda problemas cardiovasculares.

Quando engordamos, o tecido adiposo é elevado pelo aumento do tamanho das células já presentes, num processo chamado hipertrofia. Já o aumento do número de células adiposas é chamado hiperplasia. O ganho de peso pode ser resultado da hipertrofia, hiperplasia ou dos dois fatores somados.

A hiperplasia ocorre durante a infância e a adolescência, mas pode acontecer também na fase adulta, quando o conteúdo de gordura das células tiver alcançado o limite de sua capacidade. O tamanho das células de gordura diminui quando ocorre a redução do peso corporal – elas murcham, mas ainda continuam lá.

Muitas vezes, se resolve o problema da obesidade com reeducação alimentar utilizando uma alimentação saudável e equilibrada em combinação com exercícios físicos regulares e devidamente orientados. Em outros casos, é necessário usar medicamentos e até passar por cirurgias como, por exemplo, a redução do estômago, último recurso após tentar outras soluções, sem sucesso. Nos casos de cirurgia, é imprescindível que uma equipe multidisciplinar formada por médico, nutricionista e psicólogo, acompanhe esse paciente.

Recomendações dietéticas

Preferir pães e cereais integrais, folhosos como alface e agrião; frutas ricas em água, como melancia, melão, abacaxi, kiwi e laranja. E, ainda, leite, iogurte desnatado, queijos magros, requeijão light, frango sem pele, peru,  peixes magros (badejo, linguado, merluza, namorado), arroz integral e feijão todos os dias, na quantidade recomendada por seu nutricionista. Há espaço, também, para massas com molho de tomate ou invés de molhos cremosos ou de queijos. É essencial beber pelo menos 2 litros de água por dia, começar as refeições sempre com as saladas cruas ou frutas, fazer as refeições em lugar tranquilo, mastigar bem os alimentos e fracionar em seis vezes as refeições. Quando for comer doces, escolha a mistura fruta + doce (evitando as caldas). Controle o óleo do refogado. Use as preparações assadas, cozidas, grelhadas ou ensopadas.

Evite jejuns prolongados e não pule as refeições. Não substitua as refeições principais por lanches rápidos. Evite cozinhar com fome ou coma assistindo à tv. Cereais industrializados refinados, como pão, arroz, biscoitos preparados com farinha de trigo branca, biscoitos recheados, salgadinhos, pizzas, açúcar, refrigerantes, chocolates, frituras, empadões, embutidos (salames e linguiças), enlatados e carnes gordurosas devem ser riscados de sua dieta. Bolos com muita gordura ou creme, bebidas alcoólicas também são inimigos da saúde e fuja de dietas milagrosas.

Muitas pessoas  perdem e ganham peso várias vezes, no chamado efeito sanfona. A cada início de uma fase, leva-se mais tempo para perder a mesma quantidade de peso e, ao contrário, menos tempo para recuperá-lo.

Se você está acima do peso, é necessário tomar uma atitude. É preciso mudar seu estilo de vida. Medidas simples podem ajudar: adote uma alimentação mais saudável e equilibrada e pratique atividade física. Na dúvida, procure um nutricionista.

 

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