Coluna | Cidadania Reativa
Willes Silva Geaquinto
Psicoterapeuta Holístico, Consultor e Palestrante Motivacional, Escritor - Autor dos livros "Cidadania, O Direito de Ser Feliz” e Autoestima – Afetividade e Transformação Existencial

Interatividade: Os textos desta coluna expressam apenas a opinião do autor sobre os assuntos tratados, caso o leitor discorde de algum ponto ou, até mesmo, queira propor algum tema para futura reflexão, fique a vontade para comentar ou fazer a sua sugestão.

Site: www.viverconsciente.com.br
Democracia e Vida Sustentável
13/10/2010
Passado o primeiro turno das eleições presidenciais que, a meu ver, foi um tanto quanto emocional e desinformativo, creio eu que agora é hora da racionalidade, hora de estarmos atentos ao que cada candidato representa realmente. Lembrando que as questões de cunho religioso ou morais levantadas no calor da campanha do primeiro turno, inclusive a do aborto, foram apenas ardis com o intuito de desviar a atenção dos eleitores, já um tanto desatentos, de questões de maior alcance da competência do cargo presidencial. Até por que, decisões que visem alterar a legislação vigente sejam no caso do aborto ou das células troncos, por exemplo, são da competência do Congresso Nacional que é composto de Deputados Federais e Senadores.

Agora com apenas dois candidatos teremos que optar por propostas que atendam a maioria do povo brasileiro. Nesse quesito eu me identifico muito com a visão do respeitabilíssimo teólogo Leonardo Boff que diz que, por força do Brasil ainda hoje estar em construção, temos que debater obrigatoriamente a questão: que país finalmente queremos? Além do que, “é importante o cidadão consciente dar-se conta do que está em jogo para além das palavras e promessas e se colocar criticamente a questão: qual dos projetos atende melhor às urgências das maiorias que sempre foram as ‘humilhadas e ofendidas’ e consideradas ‘zeros econômicos’ pelo pouco que produzem e consomem”.

Diz o teólogo já citado que no mundo hoje há dois projetos um é o neoliberal ainda vigente no mundo capitalista e que no Brasil foi implantado no governo FHC e é ainda defendido pelo PSDB. “Esse nome, neoliberal, visa dissimular aos olhos de todos, o caráter altamente depredador do processo de acumulação, concentrador de renda que tem como contrapartida o aumento vertiginoso das injustiças, da exclusão e da fome. Para facilitar a dominação do capital globalizado, procura-se enfraquecer o Estado, flexibilizar as legislações e privatizar os setores rentáveis dos bens públicos”. “O outro projeto é o da democracia social e popular do PT e seus aliados. Sua base social é o povo organizado e todos aqueles que pela vida afora se empenharam por um outro Brasil. Este projeto se constrói de baixo para cima e de dentro para fora. Quer forjar uma nação autônoma, capaz de democratizar a cidadania, mobilizar a sociedade e o Estado para erradicar, em curto prazo, a fome e a pobreza, garantir um desenvolvimento social inclusivo que diminua as desigualdades. Esse projeto quer um Brasil aberto ao diálogo com todos, visa a integração continental e pratica uma política externa autônoma, fundada no ganha-ganha e não na truculência do mais forte”.

Se nós cidadãos conscientes, tal qual o teólogo Leonardo Boff, aqui citado pela sua lucidez analítica, ainda sonhamos com o que ele denomina de uma democracia social, popular e responsável ecologicamente, se ainda acreditamos na reconciliação do ser humano com a natureza em todas as suas dimensões, neste momento de magna importância do exercício de nossa cidadania não podemos nos abster de aprofundar esse debate e de qualificar o nosso voto. Cada voto é uma semente, uma intenção, que tanto pode validar um futuro mais justo para todos nós de modo solidário e fraterno, ou ampliar egoicamente o leque da exclusão social e econômica, tornando a nossa própria sobrevivência insustentável. Enfim, como disse o poeta, “Quem sabe faz a hora, não espera acontecer!”. Essa é a hora!

Até breve.

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