Coluna | Cidadania Reativa
Willes Silva Geaquinto
Psicoterapeuta Holístico, Consultor e Palestrante Motivacional, Escritor - Autor dos livros "Cidadania, O Direito de Ser Feliz” e Autoestima – Afetividade e Transformação Existencial

Interatividade: Os textos desta coluna expressam apenas a opinião do autor sobre os assuntos tratados, caso o leitor discorde de algum ponto ou, até mesmo, queira propor algum tema para futura reflexão, fique a vontade para comentar ou fazer a sua sugestão.

Site: www.viverconsciente.com.br
Os Tiriricas
29/09/2010
Candidaturas como a do palhaço Tiririca e assemelhadas, são uma afronta à inteligência do eleitor brasileiro, seja ele paulista ou não. Aliás, São Paulo como o estado mais rico e desenvolvido do país, demonstra com esse despautério(tolice de marca maior) que riqueza ou desenvolvimento material não é sinônimo de evolução cultural ou política. Esse tipo de candidatura, além de ser meramente oportunista, é antipedagógica, já que deprecia os valores democráticos cultivados à duras penas no Brasil. No caso específico do Tiririca, esse tipo de candidatura, tal qual a erva daninha da qual o palhaço tomou emprestado o nome, é uma verdadeira praga semeada por partidos políticos cuja sentido de sua existência é ditado apenas pelo interesse eleitoreiro. E o pior é que a dita sociedade brasileira apenas acha graça desse deboche, não se apercebendo que isso nos iguala como se fossemos todos uns “tiriricas” a rir do nosso próprio atraso e despreparo para a democracia.

Analisando sob outro prisma, creio eu que, em tese, seria interessante se o problema da falta de consciência política do brasileiro se resumisse apenas aos “tiriricas da vida”, mas, como diria o admirável Belchior, “o buraco é bem mais profundo que um furo casual”. Se assim não fosse, o que leva um número sempre significativo de eleitores a admirar e votar em políticos sabidamente corruptos, como se fosse algo normal agir à revelia da lei? Estará a nossa sociedade conivente com essa inversão de valores, tipo os fins justificam os meios? E a ficha limpa? Todos sabem que com bons advogados qualquer político mantém a ficha limpa. O difícil é manter o caráter limpo já que este a pessoa carrega consigo aonde vai, mas, se nem mesmo temos um detector de mentiras para avaliar as promessas eleitorais, como detectar o político mau caráter, se a maioria se transveste de ovelha de quatro em quatro anos? Por outro lado, como a corrupção é uma via de mão dupla, como coibir a corrupção dos eleitores ou de grupos ou corporações ávidas para negociar apoio em troca do atendimento de seus interesses?

Enfim, como se vê ainda estamos engatinhando em termos de democracia, e pelo visto ainda levará um bom tempo para que o analfabetismo político seja banido. Falta- nos educação suficiente para que a maioria dos eleitores qualifique seu voto e se valorize enquanto agente da cidadania. Assim, a persistir esse quadro que mistura o carnavalesco com bizarro, onde vale até invocar os mortos para convencer os incautos eleitores, fica difícil distinguir, entre tantos, quais são os verdadeiros tiriricas. Portanto, a conclusão é que pior que está, fica sim!

No mais, como diz a lição da conhecida parábola do colibri e o incêndio na floresta, que cada um faça a sua parte da melhor maneira.

Até breve.

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