Esse modo comparativo carrega em si a possibilidade de deixar seqüelas emocionais, pois, o que para um filho pode soar como elogio, para outro pode ser entendido como desqualificação ou, até mesmo, como rejeição. Pode algum pai até dizer que não teve conscientemente nenhuma destas intenções ao falar como filho, mas, o que fica, o que marca, é como foi sentido por aquele que foi alvo da comparação. Então, é importante saber que o comportamento da parte dos pais que agem dessa maneira é inadequado, uma vez que o mais saudável é educar corrigindo e estimulando o filho de maneira positiva, sem desqualificá-lo; julgando os fatos e não a pessoa.
Quando esse “jogo da comparação” é feito entre adultos, o seu efeito é o mesmo; aquele que é comparado negativamente sempre sentirá que não está sendo aceito por quem faz a comparação. Por outro lado, aquele que recebe o elogio pode criar para si uma falsa autosuficiência, um complexo de superioridade, ou passar a depender de elogios para sentir-se aceito e realizar boas ações.
Concluindo, é fundamental, não só para os pais, ter a compreensão de que ninguém gosta de ser comparado negativamente com outrem, e que essa prática pode estimular comportamentos rebeldes e revoltosos, todos oriundos do mal estar que provoca. Cada pessoa é um ser singular, único, com seus limites e potencialidades. Então, em se tratando dos filhos principalmente, é recomendável sensibilidade, pois sempre é possível estimulá-los ou motivar-lhes a autoconfiança, sem recorrer ao expediente da comparação.
Boa Reflexão e viva consciente.
* Recomendável a leitura para professores e/ou educadores.
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