Coluna | Viver Consciente
Willes S. Geaquinto
Psicoterapeuta Holístico, Consultor e Palestrante Motivacional, Escritor - Autor dos livros "Cidadania, O Direito de Ser Feliz” e Autoestima – Afetividade e Transformação Existencial

Interatividade: Os textos desta coluna expressam apenas a opinião do autor sobre os assuntos tratados, caso o leitor discorde de algum ponto ou, até mesmo, queira propor algum tema para futura reflexão, fique a vontade para comentar ou fazer a sua sugestão.

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Quem educa?
11/03/2008
Num texto recente no qual enfoquei a questão da escolha da escola para os filhos, falei também sobre a responsabilidade dos pais pela educação dos mesmos. Volto ao assunto para reforçar a idéia de que considero importante na atualidade dedicar maior atenção à educação dos filhos no âmbito da família, visto que, por força dos afazeres fora do lar, pais e mães têm se distanciado dessa responsabilidade e, por conseqüência, transferindo para a escola essa incumbência. Ora, por melhor que seja a escola, ela nunca estará preparada para suprir as necessidades afetivas, de valores e modelos que naturalmente cabe aos pais fazê-lo. A boa escola pode sim ser parceira nessa tarefa, reforçando valores, estimulando a socialização e a disciplina, além é claro de proporcionar à criança, através do repasse de conhecimento, condições para o seu desenvolvimento integral, ou seja, um desenvolvimento que vá além das matérias do conhecimento formal estimulando, por exemplo, o pensar, a ética, o respeito, a honestidade, enfim, valores e práticas humanistas que o transformem num ser humano responsável e produtivo positivamente.

Educar filhos requer mais do que suprir suas necessidades básicas como, por exemplo, alimento, moradia, atenção á saúde e higiene ou enchê-lo de presentes e outras bugigangas como celular, videogame e roupa de grife, etc. Toda criança necessita de atenção, tempo de qualidade, diálogo, afeto, bons exemplos e modelos. Nada substitui isso, nada substitui na criança a necessidade de sentir-se amada pelos pais, de sentir-se importante para eles. E esses sentimentos só podem ser supridos pela presença, pela dedicação, expressas na prática do dia-a-dia. Isso tudo pode até parecer difícil para alguns pais, já que sabemos que a nossa cultura educacional é pobre principalmente em práticas afetivas qualificadas, mas, essa é a tarefa daqueles que desejam aprimorar-se enquanto pais: aprender educar educando e educando-se.

Exemplos. Alguns pais quando chamados à escola por força de dificuldades de aprendizado, ato de rebeldia ou indisciplina de seu filho costumam argumentar que ele, o filho, em casa age diferente, é bem comportado, aplicado e blá, blá, blá. Nesse caso podem ocorrer algumas situações: 1) O bom comportamento do filho em casa pode estar sendo obtido de maneira coercitiva, logo, quando longe do domínio dos pais, ele vai extravasar toda sua rebeldia e sua raiva, seja nos professores ou nos colegas; 2) Ele é educado de maneira protecionista, mimado e sem limites, os pais fazem tudo o que ele quer, chantageiam-no emocionalmente, então na escola ele vai revoltar-se por força da disciplina, das regras existentes, etc.; 3) Em casa os pais são ausentes, o filho passa mais tempo jogando videogame, vendo televisão ou no computador do que na companhia deles, também nesse caso por não haver regras em casa e por não receber a devida atenção ele vai contrariar as regras da escola, às vezes, por pura rebeldia outras para receber atenção mesmo que seja de modo negativo. Outras situações poderiam ser descritas com teor assemelhado, mas, o que interessa nesse caso é chamar a atenção para a importância da educação afetiva, afirmativa e presencial dos pais na vida do filho. Educação de filhos à distância não existe, assim como pais perfeitos. Porém, há sempre muitos bons modos de educar...

Boa Reflexão para você.

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